sábado, 12 de fevereiro de 2011

Vida num sopro!

A vida é um instante que passa num momento. É uma hora que passa num segundo. Mas nem todos nos apercebemos disso. Nem todos vemos que a vida é curta demais para ser desperdiçada.
Tomei consciência deste facto, e não há muito tempo.
Poderia dizer que em vinte anos aproveitei somente metade da minha vida. A outra foi desperdiçada. Poderá ser verdade, mas também o poderá não ser.
Sinto em mim uma ânsia de beber da fonte da sabedoria. Sinto em mim a vontade de me tornar um pouco mais culto. Quero tornar-me mais culto.
Contudo, todos os meus esforços me parecem falhar. Mas nem tudo o que parece é.
Não me quero enaltecer a mim mesmo, pois poderei afirmar como o filósofo Sócrates que «só sei que nada sei».
Sinto, neste momento, a necessidade de explicar um pouco o porquê de ter colocado uma lista de livros neste blogue. A intenção não é gabar-me, mas sim dar a conhecer um pouco daquilo que acho que vale a pena perder tempo. Hoje em dia, a meu ver, a literatura empobreceu um pouco.
Os novos livros, que seduzem os jovens, falam simplesmente de vampiros, de coisas totalmente impossíveis de acontecer.
Não digo que essa chamada literatura não seja boa, o que por vezes não o é, mas que de nada valem aos seus leitores.
Quem me conhece sabe, perfeitamente, que sou um aficionado pelo Harry Potter, e que li todos os seus livros, vi todos os filmes. Mas, se me perguntarem se considero aquilo literatura, a minha resposta será «não». Estes livros são, na verdade, um entretenimento.
Mas, não posso deixar de referir que foi, graças a estes livros, que a minha paixão pela leitura surgiu. Antes, não conseguia ler livros que não tivessem imagens. Mas estes livros fizeram-me ver que, uma leitura sem imagens, pode, às vezes, ser mais interessante que uma leitura com imagens.
Estes livros ilustrados limitam a nossa capacidade de pensar, de imaginar. Impossibilitam o desenvolvimento da nossa imaginação.
Eu explico: quando lemos um livro com imagens, a construção das personagens vai ser segundo os desenhos, e os espaços também. Ora, quando lemos livros sem imagens, a nossa mente cria a imagem à nossa frente, o espaço, parecendo que estamos a viver o que o livro nos relata. Contudo, não se podem esquecer, caros leitores, que isto não passa da minha visão das coisas.


Hoje em dia, nas escolas, existem disciplinas que nada ajudam. Se discordais, dizei-me para que serve a disciplina de Estudo Acompanhado? Formação cívica? Entre outras.
Durante cinco anos tive estas disciplinas. Se me perguntardes o que lá aprendi eu digo «nada». Não seria bem mais interessante, entusiasmar os jovens para a leitura de literatura portuguesa, estrangeira? De abrir os seus horizontes, de fomentar neles o desejo de ler?
Pois bem, isto não passa de ideias de um pensador, que nada contribui para a formação do mundo. Contudo, acho que se repensassem estas coisas, nada se perderia.
Mas, voltando à literatura, penso que esta não passa apenas pela leitura de clássicos, de obras que todo o mundo já ouviu falar. Por exemplo: Quantos de nós já leram “Os Lusíadas”? Pois bem, responder-me-eis que toda a gente lê “Os Lusíadas” na escola. Mas, na realidade, só lemos alguns excertos deste grandioso livro.
Recordo que, no meu décimo segundo ano, as propostas de leitura eram: “Memorial do Convento” (José Saramago), “Felizmente há Luar” (Luís de Stau Monteiro), “Mensagem” (Fernando Pessoa). Ora, a “Mensagem” era analisada na aula em comparação com “Os Lusíadas”. Mas as outras duas obras eram de leitura pessoal obrigatória. Quereis saber quantos dos meus colegas leram as duas obras completas? 0! Admirais-vos, certamente, e pensais que eu estou a dramatizar. Mas na verdade foi assim. Do “Felizmente há Luar” tiraram resumos da internet. Do “Memorial do Convento” esperaram que alguém lesse e que lhe desse um ponto de situação.
Sobre isto, questionei-lhes eu muitas vezes, o porquê de não lerem: as respostas foram múltiplas: “Não gosto de ler”; “Só leio quando não sou obrigado”; “Este tipo de leitura não me fascina”. Como será possível? Se nem um pouco de literatura conseguem ler, como será com os estudos? Poderá alguém aprender alguma coisa, na vida activa, sem ler?
Pois bem, caros leitores, o meu propósito foi tentar explicar a importância da leitura hoje em dia. E a lista que se apresenta nesta página de livros é, pura e simplesmente, uma sugestão que eu faço que leiam. Aproveitem… Poderão aprender muito!


Ad majorem Dei gloriam!
Ismael Sousa

2 comentários:

  1. Boa bibliografia! Ler só faz mal à vista! Faz bem ao resto! ^^
    Um abraço!
    Boas leituras

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  2. Padrinho partilho ctg o gosto pela leitura! E adoro tds essas obras! Etb sou viciada em Harry Potter :P

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