domingo, 30 de dezembro de 2012

Até 2013!!!


Pois é, caros leitores: esta é a última vez que vos escrevo este ano. E ao findar o ano, quero escrever-vos sobre algumas coisitas que é meu desejo falar, partilhar convosco.
Em primeiro lugar quero falar-vos sobre o último livro de Sua Santidade, o Papa Bento XVI, como já tinha manifestado essa vontade aqui.
Como o Natal estava aí à porta, recebi de um amigo o livro Jesus de Nazaré – A Infância de Jesus. Não demorou muito a que o começasse a ler, nem muito tempo para o terminar. Apesar da enormidade de trabalho, lá fui lendo, entre uma e outra pausa, o pequeno livro de uma centena de páginas (pouco mais é que isso). A verdade é que, uma vez mais, Bento XVI obriga o leitor a recorrer àquele livro que devia, na sua grande maioria, ser o que devíamos ler todos os dias: a Bíblia. E isto porquê? Porque Sua Santidade, apesar de referir e citar os textos, fala das narrações da infância de Jesus em São Mateus e São Lucas. Ora, se não tivermos bem presentes os textos, muito daquilo que o autor diz, passa-nos ao lado. É claro que isto é uma opinião minha.
Bem, Bento XVI começa por falar sobre a questão da origem de Jesus, passando pela anunciação, nascimento de João Baptista, nascimento de Jesus, etc (para mais informações, nada melhor que ler o livro). Muitas das questões à volta destes temas são esclarecidos de uma forma simples. Outros assuntos são, também para mim, uma autêntica novidade.
Como seria de esperar, a parte em que Bento XVI explica o porquê do burro e da vaca, tem sido motivo de risada e de chacota entre os média e não só. E isto suscitou-me um pequeno pensamento que queria partilhar: se a Igreja não esclarece alguns assuntos, é porque são mentira, são assuntos secretos, a Igreja é uma sociedade secreta, etc, etc. Quando a Igreja vem esclarecer alguns assuntos, todos ficam escandalizados, todos acham que a Igreja é só mentiras. Então, digam-me, o que preferem? Ser esclarecidos ou continuar eternamente na ignorância? Mas que nenhum presépio prescinda do burro e da vaca!
Resumindo: é óbvio que só posso aconselhar a leitura deste livro a toda a gente, porque é algo muito bom. E uma boa leitura de Advento. Seria bom que a grande maioria dos cristãos lesse este livro e explicasse à outra parte, pois assim todos teriam o conhecimento das coisas como elas são.

Outro assunto de que vos quero falar é o facto de já ter ouvido mais de uma centena de vezes que o Natal já terminou. Bem, deve ter terminado para os não cristãos, porque, para nós cristãos, o Natal continua. Mas entristece-me ouvir a expressão de que o Natal já terminou da boca de um cristão, quando ainda estamos na oitava do Natal.
Para esclarecer aqueles que tenham dúvidas, o Tempo de Natal vai da Véspera de Natal até ao Baptismo do Senhor que, neste (?? Próximo??) ano será a 13 de Janeiro. Só depois é que acaba o Natal e poderemos dizer que o Natal já terminou, apesar de eu achar que o Natal devia ser todo o ano, pois todos os dias devíamos fazer nascer no nosso coração o Deus feito homem.

O terceiro e último ponto de hoje é sobre a festa que a Igreja hoje celebra: A Sagrada Família de Jesus, Maria e José. Sobre este tema, nada melhor que recorrer ao velhinho texto de São Paulo aos Colossences, a segunda leitura da Eucaristia de hoje:
«Esposas, sede submissas aos vossos maridos, como convém no Senhor. Maridos, amai as vossas esposas e não as trateis com aspereza. Filhos, obedecei em tudo a vossos pais, porque isso agrada ao Senhor. Pais, não exaspereis os vossos filhos, para que não caiam em desânimo.»
Este deve ser o comportamento das nossas famílias. Posso estar errado ou ir contra a opinião de muitos, mas se muitos dos casais fossem assim, não existiriam tantos divórcios, separações, falta de compromissos, etc. Já diz o velho ditado de que «Filho és, pai serás.». Então, se os pais cultivarem nos filhos valores como a misericórdia, a bondade, a humildade, a mansidão e a paciência, então os filhos de hoje, enraizarão, como pais amanhã, esses valores nos seus filhos.

Bem, hoje foi um bocadinho maçador, mas espero que tenha valido a pena. Desejo-vos muita prosperidade no ano que se irá iniciar e, apesar de todas as más premunições para o próximo ano, que na vossa vida existam muitos sorrisos, muita diversão, muita concretização pessoal. Que o pior de 2013 seja o melhor deste ano. Divirtam-se, alegrem-se, amem, disfrutem a vida. Sejam um testemunho de vida para aqueles que vos rodeiam. Sejam vocês mesmos. Santo 2013 e um Santo Natal. Ah, como diria Raúl Solnado, «façam o favor de serem felizes».
Até para o ano!




Ad majorem Dei gloriam! 
Ismael Sousa

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Feliz Natal

A todos os seguidores deste blogue, a todos os amigos e familiares, um Santo e Feliz Natal.
Que esta época seja uma altura propícia para refazer laços, estarmos com os que amamos. Que seja também altura de olharmos o nosso coração e deixar que o Menino-Deus nasça dentro de nós.
Boas Festas!



Ad majorem Dei gloriam!
Ismael Sousa

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Bodas de Prata


Pois é! Aqui estou eu a escrever-vos novamente. Mas hoje com um motivo bem diferente do que tem sido habitual.
Há precisamente 25 anos atrás, um casal trocava votos de amor e de compromisso, na cidade de Lisboa. Agora, 25 anos depois, encontram-se perdidos na Beira.
Lado a lado, percorreram todos estes anos, repletos de momento bons e maus, de alegrias e tristezas, de amor e compreensão.
Não posso falar por eles, mas bem sei que foram 25 anos difíceis, principalmente a aturar três filhos tão insuportáveis. 25 anos de esforços e lutas para dar aos seus filhos o que necessitavam, para lhes dar uma educação correcta. 25 anos de lágrimas e sorrisos.
Como no dia de hoje era impossível celebrar as suas bodas de prata, as mesmas foram celebradas no passado Domingo, que, litúrgicamente, é chamado o Domingo Gaudete, Domingo da alegria.
Não vou fazer uma descrição pormenorizada, mas uns traços gerais. Foi celebrada missa na qual trocaram as alianças que, diga-se de passagem, só foram vistas por eles no momento. Depois seguiu-se um pequeno almoço com alguns membros da família, recordando os que por esta ou aquela razão não puderam estar presentes.
O dia terminou em alegria, com um enorme sorriso esboçado nos seus rostos.
Hoje, como filho, orgulho-me de vós, pais meus. Hoje admiro-vos e agradeço os esforços que ao longo destes anos fizeram por nós. Obrigado pela educação que me deram, pelos esforços que fizeram para nos dar aquilo que necessitávamos. Obrigado por se esquecerem de vós, colocando-nos sempre em primeiro lugar, apoiando-nos, sempre, nas nossas decisões. Obrigado por tudo e que continuem a ser o casal maravilhoso que são e a viver intensamente o vosso amor.
Parabéns e muitas felicidades, são os votos deste vosso filho que tanto vos ama e que sempre vos tem no melhor cantinho do seu coração!


Ad Majorem Dei Gloriam
Ismael Sousa