terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

De novo!


De novo o sol se põe,
De novo as nuvens cobrem as estrelas.

De novo a noite assombra,
De novo o dia anseio.

De novo a lembrança dói,
De novo a memória faz sorrir.

De novo a lágrima cai,
De novo o sorriso se esboça.

De novo a saudade ataca,
De novo o medo assola.

De novo os olhos brilham,
De novo os olhos se fecham.

De novo volto a sonhar,
De novo conheço a realidade.

De novo o mundo sorri,
De novo me fecho sobre mim,
De novo me afasto do mundo.

De novo tudo parece tomar sentido,
De novo perdemos o rumo.

De novo me torno em um louco,
De novo escondo o mistério em palavras.

De novo sou eu,
De novo uma alma magoada.

De novo tudo é absurdo,
De novo muito perde o sentido.

De novo, boa noite…


Ad majorem Dei gloriam!
Ismael Sousa

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Quaresma 2013


«Chegaram os dias de penitência, expiemos nossos pecados e alcançaremos misericórdia.»

Caros leitores,
Iniciamos uma vez mais o Tempo da Quaresma. E com ele inicia-se um tempo propício para analisar a vida, a forma como a temos orientado e escutar os propósitos de Deus para cada um de nós.
São tempos dedicados ao jejum, à penitência e abstinência. Tempo de nos desligarmos das coisas terrenas e de nos ligarmos às coisas celestes.

Este ano, na sua Mensagem para a Quaresma, Sua Santidade, o Papa Bento XVI, escreve-nos sobre a relação entre a fé e a caridade, sob o título “Crer na caridade suscita caridade”.
Ora, nesta que é a sua última mensagem, Bento XVI convida cada cristão, nesta Quaresma do Ano da Fé, a meditar na relação entre a fé e a caridade, resumida em quatro pontos: 1. A fé como resposta ao amor de Deus; 2. A caridade como vida na fé; 3. O entrelaçamento indissolúvel de fé e caridade; 4. Prioridade da fé, primazia da caridade.

No primeiro ponto é-nos apontado o caminho para o amor de Deus e em como a fé no «Deus vivo é um caminho para o amor», esse que nunca está «”concluído” e completado».
Através de várias citações da sagrada escritura, Bento XVI demonstra como a fé, caminho para o amor, se relaciona com a caridade:

«A fé é conhecer a verdade e aderir a ela (cf. 1 Tm 2, 4); a caridade é «caminhar» na verdade (cf.Ef 4, 15). Pela fé, entra-se na amizade com o Senhor; pela caridade, vive-se e cultiva-se esta amizade (cf. Jo 15, 14-15). A fé faz-nos acolher o mandamento do nosso Mestre e Senhor; a caridade dá-nos a felicidade de pô-lo em prática (cf. Jo 13, 13-17). Na fé, somos gerados como filhos de Deus (cf. Jo 1, 12-13); a caridade faz-nos perseverar na filiação divina de modo concreto, produzindo o fruto do Espírito Santo (cf. Gl 5, 22). A fé faz-nos reconhecer os dons que o Deus bom e generoso nos confia; a caridade fá-los frutificar (cf. Mt 25, 14-30).»

Se por vezes confundimos caridade com solidariedade ou mera ajuda humanitária, Sua Santidade esclarece-nos que «a maior obra de caridade é precisamente a evangelização “ao serviço da palavra”» repartindo o pão da Palavra de Deus, tornando-o «participante da Boa Nova do Evangelho», introduzindo-o no relacionamento com Deus.

Findo, convidando-vos a perderem alguns minutos na leitura desta bela mensagem. Faço votos para que tenhais uma Santa Quaresma e que aproveitem para ir ao “deserto” e encontrarem-se com Deus.

Aos meus amigos seminaristas que hoje iniciam o retiro quaresmal, votos de um frutuoso tempo de reflexão.




Ad majorem Dei gloriam!
Ismael Sousa

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

domingo, 20 de janeiro de 2013

Devaneio!

Memórias, passadas ou presentes, são sempre memórias.
Recordações, não importa se boas ou más, serão sempre recordações.
E nada ou tudo importam, são parte da nossa vida, parte do que somos.
E tantas vezes mergulhamos os olhos, mergulhados em lágrimas, nas páginas de um livro, nas folhas de um caderno.
E ninguém as vê cair, e ninguém sabe o seu significado. Serão de dor, de alegria, saudade ou plena nostalgia? E tudo isto é parte de nós, e nós somos parte de tudo isto.
E as pessoas, que tantas vezes recordamos ou simplesmente nos lembramos, passaram pela nossa vida, marcando-a, positiva ou negativamente. E as pessoas que tanta falta nos fazem, ou simplesmente nada significam. E eu, significante ou simples memória, escondo as lágrimas e os sorrisos, em palavras e silêncios.
E tudo aquilo que somos ou aquilo que nada somos, somente reside nos nossos pensamentos. Porque somos ou não somos, meros transeuntes de um passeio que começa num ápice e termina num pontão desconhecido, algures neste mundo tão conhecido ou tão misterioso.
E as nuvens no alto céu, sobem e descem, cobrem e descobrem o céu. Mas o sol, esse astro flamejante, continua a brilhar no alto firmamento, no espaço longínquo, no universo tão desconhecido. Mas ele continua lá, a brilhar continuamente. E chorar por deixar de o ver, de nada vale se por consequência perco o brilho das estrelas, o cantar do luar.
E tudo ou nada somos, num mundo de fantasia e de sonhos. E tudo ou nada somos, num mundo tão só nosso e de ninguém!



Ad majorem Dei gloriam!
Ismael Sousa

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Retalho de vida!

Recordar é viver e nunca é tarde para revivermos.
Hoje chegou-me um video que me fez voltar à minha infância.
Corria o ano de 1996 quando a imagem peregrina da Imaculada Conceição de Vila Viçosa chegou a terras de Lafões. Recordo ainda os preparativos para esta festa, a alegria em nossos corações.
Hoje revi um filme desse acontecimento. Deixo-vos o filme.


Peço desculpa pelo erro, mas não se deve ler Santa (Sta), mas sim Imaculada.
É bom resgatar um bocado do nosso passado e poder revê-lo 16 anos depois.

Ad majorem Dei gloriam!
Ismael Sousa