Recordações, não importa se boas ou más, serão sempre recordações.
E nada ou tudo importam, são parte da nossa vida, parte do que somos.
E tantas vezes mergulhamos os olhos, mergulhados em lágrimas, nas páginas
de um livro, nas folhas de um caderno.
E ninguém as vê cair, e ninguém sabe o seu significado. Serão de dor,
de alegria, saudade ou plena nostalgia? E tudo isto é parte de nós, e nós somos
parte de tudo isto.
E as pessoas, que tantas vezes recordamos ou simplesmente nos lembramos,
passaram pela nossa vida, marcando-a, positiva ou negativamente. E as pessoas
que tanta falta nos fazem, ou simplesmente nada significam. E eu, significante
ou simples memória, escondo as lágrimas e os sorrisos, em palavras e silêncios.
E tudo aquilo que somos ou aquilo que nada somos, somente reside nos
nossos pensamentos. Porque somos ou não somos, meros transeuntes de um passeio
que começa num ápice e termina num pontão desconhecido, algures neste mundo tão
conhecido ou tão misterioso.
E as nuvens no alto céu, sobem e descem, cobrem e descobrem o céu. Mas
o sol, esse astro flamejante, continua a brilhar no alto firmamento, no espaço
longínquo, no universo tão desconhecido. Mas ele continua lá, a brilhar
continuamente. E chorar por deixar de o ver, de nada vale se por consequência
perco o brilho das estrelas, o cantar do luar.
E tudo ou nada somos, num mundo de fantasia e de sonhos. E tudo ou
nada somos, num mundo tão só nosso e de ninguém!
Ad majorem Dei gloriam!
Ismael Sousa