sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Uma imagem, mil palavras!


É ditado popular, aquela frase que diz que «uma imagem vale por mil palavras». E a verdade é que todos já conseguimos testemunhar isso.
Hoje falo-vos de uma imagem que encontrei na rede social Facebook.
É do conhecimento de todos que durante as Jornadas Mundiais da Juventude, em Madrid, houve muitas manifestações contra este acontecimento. A página oficial das Jornadas Mundiais da Juventude em Madrid do Facebook partilhou uma imagem que, por um lado, manifestou a reacção dos jovens presentes nas JMJ perante as manifestações e, por outro lado, a busca de uma jovem que foi um testemunho vivo de fé.
Muitas coisas podemos absorver desta imagem e eu partilho convosco o que absorvi desta imagem.



Estamos numa era em que a aversão ao religioso se torna «o pão nosso de cada dia». Por todo o lado vemos manifestações anti-religiosas, artigos a denegrirem a imagem da Igreja, pessoas que «perdem a fé», entre outras tantas coisas.
Mas esta foto fez-me recordar os Apóstolos, que após a Ressurreição do Senhor se agarravam à cruz para enfrentar os inúmeros desafios que encontravam pela frente.
A cruz, que para muitos significa uma brutalidade, tornou-se, para outros, fonte de salvação e que somente por ela podemos chegar um dia à glória eterna.
No meio de um mundo que grita «A RELIGIÃO É UMA FALSIDADE», uma jovem, de nome Marcela Torres Parada, agarrou-se ao seu crucifixo, cortou os seus sentidos, e manifestou ao mundo a sua fé. Esta jovem mexicana, não se deixou levar pela multidão, como somos tentados todos os dias a fazer, mas foi fiel aos seus princípios e crenças.
E nós sabemos que não é fácil ignorar uma pessoa a berrar-nos aos ouvidos.
Por vezes falta-nos a coragem, falta-nos o alento de mostrarmos que somos cristãos e que acreditamos que um Homem veio ao mundo para nos salvar. E esse homem é Jesus Cristo, o Filho de Deus, que morreu inocente numa cruz, vencendo a morte, o pecado.
Mas o silêncio e o beijo desta jovem tornaram-se o grande grito de todos aqueles que sofrem a opressão e que não podem manifestar a sua fé, a sua crença no Deus vivo.
Contudo não posso deixar de me interrogar sobre o sentimento daquela jovem, o que terá sentido.
São exemplos destes, pessoas como esta, que fortalecem a minha fé e que me fazem ver que afinal não vivemos num mundo da indiferença, num mundo sem Deus.
Porque gosto sempre de ver os dois lados da questão, interrogo-me sobre o que aquele homem gritaria aos ouvidos da Marcela. Que fé mal compreendida iria no seu coração, que ideia tinha ele na sua cabeça. Penso que seria um dos muitos que se deixou influenciar por aqueles que querem ver destruída a Igreja Católica.
Há uns dias ouvia dizer que a Igreja Católica é falsa, que tudo não passa de uma mentira e que fomos habituados a viver nela e dela não queremos sair. Que a maioria das pessoas (em Portugal) são Católicas, fizeram as «festinhas» todas da igreja, que se casam por ela e que baptizam os seus filhos unicamente por tradição. Bem, as coisas não são bem assim. Na verdade, as pessoas hoje em dia já não ligam a tradições antigas. Cada uma quer deixar a sua «marca», não querendo saber dos outros para nada. E se há pessoas como a Marcela, é porque, na verdade, nem tudo é tradição, mas sim fé viva, amor ardente.
A caixinha que trazia aquela cruz dizia: «nadie tiene Amor + grande» e, na verdade, ninguém tem Amor maior que Deus, porque «Deus Caritas est» (Deus é amor).
Findo com a frase mais famosa de João Paulo II, dirigida aos jovens, da qual esta jovem foi exemplo vivo: «Non abiatte paura» («não tenhais medo» - in Homilia do Papa João Paulo II no início do seu Pontificado, Domingo, 22 de Outubro de 1978).



Ad majorem Dei gloriam!
Ismael Sousa

1 comentário:

  1. Sem dúvida um dos melhores artigos que li... É verdade que a fé de cada um só a cada um pertence mas é necessário respeitarmos os limites que se impõem. O caso das jornadas foi um caso de revolta em que as posições sociais se opuseram à fé. Tudo bem que os gastos foram muitos com aquelas jornadas ( daí grande parte dos motivos da rebelião) mas também trouxeram muita riqueza a Espanha. Cada vez mais é necessário traçarmos o nosso rumo sem olhar ou ouvir o que está à nossa volta... Os tempos já foram mais fáceis e a Igreja necessita de se actualizar de evoluir justamente com os tempos... Não é uma questão democrática é uma questão de fé... Inicialmente João Paulo II foi considerado um Papa gastador e hoje que dizemos? Se calhar o que mais marcou cada um de nós pelo sua eloquência, a sua juventude, o seu sacrifício. Que ninguém pense que a caminhada é fácil, aliás verificamos que desde os primórdios nunca foi. Mas é a fé quem nos sustenta.... " Sem Ele nada somos, com Ele tudo podemos"!

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