sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Quinquagésimo Primeiro


Pequena pode parecer a palavra. E na verdade é-o. Mas envolve, em si, uma grandeza incomparável. Uma grandeza que envolve os nossos corações.
Dela podemos retirar tanta coisa. Mas, o mais importante, é a pessoa que está por detrás dela.
A palavra é PAI, e a pessoa, o MEU PAI.
Hoje é o dia do seu quinquagésimo primeiro aniversário e, por isso, a ele estas palavras.

Quando eu ainda era uma criança,
no teu colo me refugiava.
Pegavas-me pela mão
e me guiavas pelo caminho.
Junto à eterna lareira da minha infância
nos instruías com amor e carinho.
Durante o dia, o trabalho árduo;
pela noite o amor de um pai.
E quando partiste para longe do teu lar,
deixaste em nossos corações a saudade.
O nosso sorriso se enaltecia
quando ouvíamos a tua voz la longe.
E sempre que ao lar retornavas
trazias sempre uma pequena lembrança
e um abraço terno e carinhoso
para nos dar.
Ainda recordo, no meu coração,
um pequeno postal de anos
que me escreveste de lá longe.
Ainda trago, gravado no peito,
as canções que teimavas em cantar.
E nas paredes do meu coração,
o velho índio a fumar.
Tantas as recordações
tão poucas as palavras.
E alegremente, nos pegavas e cantavas,
que o teu menino era d’oiro,
era d’oiro o teu menino
e que ao céu o havias de levar.
E, aquando da minha decisão de vida,
estiveste sempre a meu lado,
para que ninguém me machucasse.
Obrigado, Pai.

Pai, não me alongo mais nestas poucas palavras. Poucas mas de coração. E findo com aquilo que poucas vezes te digo: Amo-te.





Ad majorem Dei gloriam!
Ismael Sousa

1 comentário:

Obrigado pelo comentário!