Chegou o Inverno! Não trouxe o
frio com ele, porque esse já cá estava. Mas com ele vem, como sempre, o Natal!
Estamos nas vésperas da véspera
de Natal e isso significa consoada. Na consoada reúne-se a família toda, em
torno de uma mesa toda enfeitada, bem recheada. Não interessam as desavenças
que ao longo do ano foram surgindo. O que interessa é estarem todos reunidos,
brincando ao faz de conta que somos uma família unida e feliz.
Enche-se a barriga, ri-se um
pouco, lembra-se, num breve instante, aqueles que faltam na mesa e chega a
altura das sobremesas e dos digestivos. Entretanto é meia-noite e é hora de
abrir os tão desejados presentes que nesta época consumista se compraram com
tanto amor e carinho, ou a faltas deles, simplesmente para parecer bem. De um
momento para o outro é só papéis brilhantes para aqui, fitinhas coloridas para
ali, e um monte de presentes no colo. Adormece-se e na manhã seguinte alguns
levantam-se cedo para ir à missa: uns por fé, outros para cumprirem a tradição.
Acaba o dia 25 e todos voltam à sua vida normal. Durante essa semana reina a
alegria e outras coisas, até à passagem de ano que será novamente assim:
jantar, passar a meia-noite, beber, dormir e no início do ano voltar a casa. E
é assim o Natal nos dias que correm.
Fala-se de um tempo diferente,
num tempo natalício. Há até quem diga: ah, é Natal! Mas isto é tudo uma
falsidade. Para quê brincar às famílias felizes se dentro de uma semana tudo
volta ao normal? Para quê andar a comprar prendinhas muito bonitas e caras, se
durante o resto do ano não damos um beijo à nossa mãe no dia da mãe, um abraço
ao pai no dia do pai, etc, etc, etc?
O nascimento de Jesus, ou melhor,
a celebração do seu nascimento tornou-se, e agora desculpem as minhas palavras,
uma época onde reina a falsidade e o consumismo. É uma época onde olhamos mais
para o eu do que para o outro. E é tão fácil mudar as coisas… Quantas vezes
pensamos naqueles que celebram o Natal sozinhos, ou sem nada para pôr na mesa,
ou na humilde troca de simples presentes?
E é só isto o Natal? Então o que
é na verdade?
O Natal é a celebração do
nascimento do Salvador, num estábulo, na pobreza, ao frio e colocado numa
manjedoura. É um dos maiores acontecimentos da humanidade: Deus faz-se Homem e
habita entre nós. É este o grande sentido do Natal: tudo o resto foi adicionado
ao longo dos tempos. E, na verdade, se se trocam presentes nesta época, é
porque os reis magos ofereceram presentes ao Deus-Menino. Então, pensando bem,
a Espanha é que faz as coisas bem.
Possivelmente estais a pensar se
eu faço tudo aquilo que digo: bem, é claro que gosto de receber um presente,
estar com a família, de comer uns doces nessa noite, mas penso naqueles que
pouco têm, nos que não têm nada. E é com eles no meu coração que celebro o
Natal! E alegro-me, ainda mais, porque o Salvador nasceu para nos salvar no
madeiro de uma cruz!
Bem, já chega de paleio.
Como já repararam o design do meu
blogue já mudou: agora vive-se o Inverno no Partituras de um Sonho.
Ainda faltam dois dias para o
Natal, mas nestes dois dias ninguém perde tempo a visitar blogues, etc. Por
isso deixo-vos já a minha mensagem de Natal a todos os meus leitores:
Neste tempo de Natal, desejo que
no vosso coração reine a paz e a alegria. Que, após quatro semanas de
preparação, o vosso coração esteja disposto a acolher o Deus-Menino e que lá
permaneça até ao fim dos nossos tempos! Que o Natal não seja só de Dezembro a
Janeiro, mas de Janeiro a Dezembro! No seio da vossa família que tudo seja bom
e que reine a unidade! Votos de uma feliz Natividade!
Ad majorem Dei gloriam!
Ismael Sousa
até porque à meia noite não é tempo de abrir presentes, mas sim de celebrar...
ResponderEliminarfeliz e santo Natal :)