Nascido a 24 de Junho de 1360 em Cernache do Bonjardim. Neto de um arcebispo de Braga, D. Gonçalo Pereira, e filho de um prior da Ordem Hospitaleira, D. Álvaro Gonçalves Pereira.
Sua mãe, Iria Gonçalves do Carvalhal, teve dez filhos, entre os quais se encontra Nuno Álvares Pereira.
Tornado cavaleiro aos 13 anos, Nuno mergulhava-se muitas vezes em leituras de cavalarias.
A 7 de Julho de 1381 marchou à frente do exército português em direcção a Elvas, onde meteu em pratica o golpe-de-mão, para assim raptar o comandante das tropas castelhanas, e propor-lhe um acordo. D. Fernando, que era o rei de Portugal nessa altura, proibiu tal ousadia, querendo uma luta justa. Os castelhanos bateram em retirada.
Outra batalha em que D. Nuno ficara bastante bem visto, foi na Batalha dos Atoleiros, onde pusera em pratica um plano tão bem estruturado, que, apesar de as tropas portuguesas serem em menor número, ganharam a Batalha sem nenhuma perda humana, e há quem diga que também sem nenhuma ferida.
Esta batalha ficara de tal maneira gravada na historia de D. Nuno, que na Batalha de Aljubarrota pusera em prática o mesmo plano, batendo o tempo recorde de uma batalha de meia hora.
Uma das suas últimas batalhas, foi a de Valverde.
Casou-se aos 17 anos com uma fidalga de Cabeceiras de Bastos, Leonor Alvim, da qual ficou viúvo pouco depois do nascimento do seu terceiro rebento, Beatriz. Antes de Beatriz, D. Nuno teve dois filhos que morreram à nascença.
Em 1401 Beatriz casou com D. Afonso, filho ilegítimo de D. João I.
Está assim fundada a casa dos Duques de Bragança.
Aos 25 anos, D. Nuno era o fidalgo mais poderoso de toda a corte.
Em 1388 lançou a primeira pedra do convento Carmelita que este mandara erguer sobre expensas suas.
Em 1414 finou-se a sua filha, em Chaves, ao dar à luz uma criança.
Para além de mandar construir o convento Carmelita em Lisboa, doou também inúmeros pertences ao convento que agora se erguia em Lisboa.
Em 1422 entrou para o convento Carmelita, onde se despojou de todos os seus bens e perdoou todas as dívidas que a ele tinham.
Foi então o fundador da Sopa dos Pobres em Lisboa.
Quando passava pelas ruas, reza a lenda, que o povo entoava canções de louvor e gratidão:
O gran Condestabre
Em o seu mosteiro
Dá-nos a sua sopa
Mai-la sua roupa
Mai-lo o seu dinheiro.
Se comer quereis
Não vades além
Que míngoa não tem.
Aí lo comereis
Como lo vereis.
A bênção de Deus
Caiu na caldeira
De Nun'Álvares P'reira
Que tanto cresceo
E todo lo deo.
Já naqueles tempos, D. Nuno era aclamado como Santo.
Acabou por falecer junto do rei, D. João I, no convento Carmelita, no Domingo de Páscoa do ano de 1431.
Muitos foram os pedidos por parte de todas as ordens sociais que este fosse canonizado.
Contudo, o processo de beatificação só foi aprovado por Bento XV em 1918.
O seu processo de canonização foi reaberto a 13 de Julho de 2004. Guilhermina de Jesus foi curada por intercessão do Beato Nuno, milagre que teve o reconhecimento da Igreja.Depois de lhe ter saltado azeite a ferver para um olho, e os médicos dizerem que a única solução possível era um transplante de rotina, Guilhermina rezou ao Santo Condestável, enquanto encostava uma replica do Santo ao olho, pedindo que este a curasse. Milagre realizado.
A 6 de Março de 2009 é anunciado que mais um português foi elevado aos altares. Bento XVI é o papa que declara que Nuno de Santa Maria é Santo.
Altar de São Nuno de Santa Maria |
Igreja do Santo Condestável |
Representação do Santo Condestável, na terra onde nasceu (Cernache do Bonjardim) |
Livro em que me baseei para escrever o post. |
Ismael Sousa
Um Santo não dos nossos dias, mas para os nossos dias... Aquele que, no meio de tudo, e tendo tudo, escolheu a melhor parte...
ResponderEliminarAbraço