quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Folha em branco


Existem coisas que por vezes não podemos deixar passar. E por isso vos escrevo hoje pela segunda vez.
Estava a rever uns email’s e reencontrei-me com este vídeo, que, uma vez mais, me arrepiou completamente e me fez repensar algumas coisas.


Enquanto ouvia a música, pensei naquela história de vida fabulosa. Por vezes fazemos tempestades em copos de água e nem pensamos que há pessoas que vivem de forma bem pior, com problemas bem piores e numa situação pior que a nossa.
Para quem não entenda as legendas, eu resumo um pouco. Aquele rapaz coreano, foi deixado num orfanato de onde fugiu à procura de uma vida melhor. Mas esse ideal “americano” não apareceu, e o rapaz viveu, durante algum tempo, nas casas de banho públicas e debaixo de escadas. Vendia pastilhas e refrigerantes. Uma vez, entrando num bar para vender, ouviu um solista e sonhou ser como ele. Foi atrás do seu sonho, e nada melhor que um programa de televisão. Ele não se acha um grande cantor, mas porque gosta de cantar, decidiu arriscar. Ali ele iria saber se valia a pena continuar a correr atrás do seu sonho, ou acabar por ali… Mas, felizmente, ele conseguiu tocar o coração dos coreanos.
Por vezes algo nos acontece e pensamos que é o fim do mundo. E contra mim próprio falo. Eu sei, são os nossos problemas. Somos nós que os estamos a viver. Mas se pensarmos que há alguém bem pior, talvez, ou melhor, é certo que o nosso grande problema se torna um pouco mais pequeno.
Isto faz-me lembrar mais uma daquelas histórias que circulam pelos mail’s e que não damos grande importância.



Um dia uma professora decidiu passar um teste surpresa aos alunos. Colocou à frente dos alunos uma folha em branco, com um ponto negro bem no centro da folha: um pequeno ponto. Pediu aos alunos que falassem sobre o que tinham à frente. Os alunos, com algum receio, começaram a falar sobre o pequeno ponto negro. Uns diziam que o ponto não estava bem ao centro da página, outros que o ponto lhes fazia lembrar isto e aquilo. Todos falaram no ponto negro, e nenhum se lembrou de falar sobre a página branca.
Moral da história: por vezes temos tendência a centrarmo-nos só naquilo que é mais pequeno. Naquilo que é diferente. E isto fazemo-lo, por exemplo, quando damos uma palestra. Se há alguma palavra que nos falha, já achamos que tudo correu mal, que foi um autêntico desastre quando, na verdade, a conferência correu lindamente, um êxito.
Mas é natural do homem ser assim. Nunca damos atenção ao que está em abundância. Somos, alguns, muito negativistas. Se algo não corre a 100%, tendemos a dizer que correu 100% mal. E não olhamos para as coisas boas, para as lições que tiramos com isto ou com aquilo.
Este rapaz coreano é hoje, para mim, um herói dos tempos actuais. Hoje, neste rapaz coreano, eu revejo a esperança para um mundo melhor. Hoje, por este rapaz, eu vou tentar reagir de forma diferente….


Ad majorem Dei gloriam!
Ismael Sousa

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