quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Milagre do Sol


Pela manhã do dia 13 de Outubro do ano de 1917, cerca de 70 mil pessoas acorreram aos campos da Cova da Iria. Todos queriam assistir ao cumprimento feito por Nossa Senhora aos três pastorinhos. Muitos poderão ter ido para comprovar a fraude que eram os pequenos pastores; outros foram movidos pela fé; e possivelmente alguns foram levados pela corrente.
Segundo os relatos, na hora sexta, ou seja, ao meio-dia, a pequena Lúcia chamou à atenção as pessoas que ali se encontravam para olharem para o Sol. Segundo os mesmos relatos, era um dia chuvoso, e o céu estava coberto de nuvens. A chuva caía por cima daqueles que se ali amontoaram por diversas razões.


Então, depois de Lúcia dizer para olharem para o Sol, a chuva parou de cair, as nuvens limparam-se do céu e o sol brilhava «como prata e não aleijava os olhos». Eis que aquele disco prateado começou a mover-se num ziguezague, assustando a multidão presente nos campos da Cova da Iria. Alguns relatos dizem que, a terra e as roupas encharcadas pela chuva secaram em breves momentos.
Aquando deste fenómeno, a Virgem aparece às crianças, transmitindo-lhes as últimas palavras. Dizem, alguns, que houve outros milagres no local, como a cura de algumas pessoas.
Segundo as Memórias da Irmã Lúcia, a Virgem Maria, após lhe dirigir as poucas palavras e de lhes dar informações sobre o que haviam de fazer, subiu junto do sol, onde se encontravam Jesus e São José a abençoar as pessoas (ou o mundo) ali presentes. Alguns testemunhos falam que viram uns vultos com configuração humana dentro do Sol.
Aqueles que não acreditam, dizem que foi uma imaginação de todos aqueles que estavam presentes, pois o milagre já tinha sido anunciado. Contudo, relatos de pessoas que se encontravam a 18 km de distância, anula esta hipótese.



A 13 de Outubro de 1930 foi declarado, oficialmente, um milagre, pela Igreja Católica.
Este milagre, do Sol, foi um factor de credibilização dos acontecimentos e da mensagem de Fátima. Contudo, algumas críticas foram dirigidas, como por exemplo, as teses ovniológicas, psicológicas, sincretistas e de complot.
Não podemos negar que este milagre é algo atmosférico, meteorológico. O que lhe confere credibilidade é o facto de este acontecimento ter sido anunciado cerca de três meses antes.
Bem, todos sabemos da consequência do movimento do sol no nosso sistema. Contudo, não posso deixar de negar que é algo bastante estranho. Como é que todos aqueles que ali estiveram, (e relembro que foram cerca de 70 mil pessoas), presenciaram as mesmas coisas? E pessoas que não se encontravam no local, observarem também o fenómeno? E o deixar de chover e o céu limpar-se… Bem, para mim são factos que apontam para a credibilidade das aparições. E como isto também toda a mística em torno dos pastorinhos… Três crianças, que não iam à escola, trabalhavam no campo, com o gado, e sem grande (e para não dizer nenhuma) formação, conseguem formular duas orações tão belas? Ou então imaginar aquilo tudo, com todos os pormenores, e sem se contrariarem umas às outras, aquando de questionadas separadamente… E bem sabeis das torturas e tormentos que passaram… Quantas crianças conseguiriam manter uma mentira durante tanto tempo?
A mim não me convencem do contrário. Se me perguntardes se acredito nas aparições de Fátima, a minha resposta será que sim. Já reparastes na paz que se sente naquele local? Eu já tive essa experiência montes de vezes. E, como eu, podem dizer aqueles com quem fui a pé a Fátima que, depois de entrarmos no santuário, sentimos uma paz imensa, esquecendo todas as dores. Então o Vicente que o diga que quando ia nos quilómetros finais ia com a pica toda…
Bem, findo com a oração que o Anjo ensinou aos três pastorinhos.

«Meu Deus eu creio, adoro, espero e amo-Vos. Peço-Vos perdão para os que não crêem, não adoram e não Vos amam.

Santíssima Trindade, Pai, Filho, Espírito Santo, adoro-Vos profundamente e ofereço-Vos o preciosíssimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo, presente em todos os sacrários da terra em reparação dos ultrajes, sacrilégios e indiferenças com que Ele mesmo é ofendido. E pelos méritos infinitos do Seu Santíssimo Coração e do Coração Imaculado de Maria, peço-Vos a conversão dos pobres pecadores.»




Ad majorem Dei gloriam!
Ismael Sousa

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