quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Aquela lareira II


O Outono chegou de mansinho, trazendo consigo alguns dias de Verão. Mas, agora, que chegamos ao fim do mês, a chuva veio visitar-nos. E que alegria nasceu em mim por a ver cair, por a sentir. Mas com ela veio o vento, que faz voar as folhas já caídas das árvores. Todo o quadro se compõe: chuva, vento, folhas a voar, cores quentes…
E não é que nesta altura faz sempre frio e chuva?


Mas, com o frio, vem a nostalgia. Hoje apetecia-me mesmo uma lareira (que já a tive no fim-de-semana). Apetecia-me sentar-me em frente a ela, no chão da minha sala, a ler, ouvir música, contemplar a dança do fogo, etc. E toda esta nostalgia regressou depois de ler o que escrevi, quase há um ano, sobre ela: as lições, as canções, o “quentinho” da família… (aqui)
Nove anos fora de casa, mas as recordações ainda cá estão. As recordações dos serões à lareira. Lembro, ainda, que na altura em que começávamos a acender a lareira, a nossa sala tomava um nova forma, só para estarmos em volta da lareira.
E como era bom toda esta actividade… Nostalgicamente me sinto. Mas o sorriso, provocado por essas recordações, não deixa de rasgar o meu rosto.
Agora crescemos. Já não nos reunimos todos em volta do lume. Mas o Ruby e o Hoody ainda se enroscam em frente à lareira.
Crescemos e perdemos algumas coisas…
Já não adormecemos ao colo da mãe ou do pai, mas há coisas que não mudam. Pelo Natal, não passamos sem deixar de colocar umas velinhas, um pequeno presépio, ou algo assim, em cima da lareira. Ela é, para mim, local de grandes recordações. Ela é, para mim, o meu local de eleição. E agora, com o Novembro que traz consigo as castanhas, não podia deixar de recordar o assador nas brasas da lareira, preparando as castanhas que eu tanto gosto.
Um dia, a lareira voltará a ser o reencontro da família que durante o dia anda dispersa nas suas actividades.
Quem não recorda a avó junto à lareira a contar as velhas histórias? Quem não sente saudades desse tempo? Eu sinto…
Para mim, a lareira será sempre local de infindas recordações…




Ad majorem Dei gloriam!
Ismael Sousa

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