quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

29 de Fevereiro


Esta é a primeira vez que vos escrevo neste dia e só vos volto a escrever neste dia daqui a quatro anos, se o mundo não acabar este ano, como se prevê (previu?). Bem, mas isso não interessa.
Não sei se todos sabem a razão pela qual há anos em que Fevereiro temos 29 dias, por isso deixo-vos a explicação de um amigo:
"Um pouco de história: hoje é dia 29 de Fevereiro. Este ano é bissexto, e com ele cada quatro anos e por questões de precisão, são também bissextos todos os anos múltiplos de 400 (1600, 2000, 2400)... Quem fez as contas deste "novo calendário" foram os astrónomos e alguns especialistas ligados ao papa Gregório XIII (donde o nome, calendário gregoriano). Este caledário veio substituir o calendário Juliano que andava "atrasado", por causa de um erro técnico. Assim, o novo calendário propunha-se corrigir o antigo erro, "saltou" 10 dias (que nunca existiram) e fez o equinócio "voltar" ao dia 21 de Março, corria o ano de 1582. O novo calendário foi promulgado com a bula Inter Gravissimas." 

Partilho convosco mais um sonho, delírio, aquilo que lhe queiram chamar, escrito numa destas tardes ou noites em terras ingleses:

Tenho vontade de rir e de chorar. Vontade de gritar ao mundo o que sinto, vontade de sentir o seu silêncio. Vontade de querer e de não querer, de correr pelos montes e de me sentar a contemplar o horizonte. Vontade de existir ou de deixar de existir.
O sol põe-se no horizonte e, eu, sentado numa pedra, no cimo de um monte, observo toda aquela beleza. Fecho os olhos para ouvir aquele belo concerto da natureza! O vento forte, o chilrear dos pássaros, o riacho que corre livremente fazem parte de um enorme coro. Toda a natureza se une neste despedir-se do sol e nas boas vindas à lua que começa a exibir-se cheia e brilhante.
As estrelas entram em cena, com a sua suavidade e beleza, com o seu alegre canto, com a sua descrição!
Tudo se compõe para um extraordinária ópera, para algo nunca visto.
Pego na mochila e caminho em direcção a casa.
Procuro as pautas em branco, um lápis e sento-me ao piano. Toda aquela beleza foi inspiração para mim. Os dedos deslizam pelas teclas do piano, as pautas em branco começam agora a ficar preenchidas, com notas, rabiscos, riscos. Quando dou por mim as folhas já se amontoaram umas em cima das outras, numa ligação que só eu consigo perceber.
Chega a hora de ver tudo aquilo que resultou da inspiração dada por aquele cenário. Os fortes e os suaves dão àquela minha inspiração uma expressão que somente eu consigo compreender.
Olho para a janela grande e recortada e vejo a beleza da natureza que me envolve. Saio para a varanda e ali contemplo essa mesma beleza... O vento suave sopra entre as árvores enquanto as ondas rebentam na praia contra as rochas. É a natureza na sua simplicidade e ao mesmo tempo na sua forma mais majestosa...


Ad majorem Dei gloriam!
Ismael Sousa

Sem comentários:

Enviar um comentário

Obrigado pelo comentário!