quinta-feira, 31 de março de 2011

Jesus encontra sua Mãe

IV Estação – Jesus encontra sua Mãe

Adoramus te, Christe, et benedicimus tibi.
Quia per sanctam crucem tuam redimisti mundum.

São Lucas 2, 34-35.51
«Simeão abençoou-os e disse a Maria, sua Mãe: “Ele foi estabelecido para a queda e o ressurgir de muitos em Israel, e para ser sinal de contradição; e uma espada Te há-de trespassar a alma, assim se deverão revelar os intentos de muitos corações”. […] Sua Mãe guardava no coração todas estas recordações.»

Em toda a vida de Jesus, há uma imagem feminina sempre presente: Maria. Também na Via Sacra de Jesus, Ela está presente.
Apesar da sua presença em toda a vida do Filho de Deus, na vida pública Ela teve de se colocar de lado para dar lugar ao nascimento de uma nova família: a família de discípulos.
Ouviu também, durante toda a vida, palavras que guardou no seu coração: as palavras da Anunciação por parte do Anjo (Lc 1, 26-38); as palavras da Apresentação vindas de Simeão (Lc 2, 22-35); as palavras da perda do Filho no templo (Lc 2, 46-50). Guardou também em si as palavras que o Filho proferia: nas bodas de Caná (Jo 2,1-12) e quando parte ao seu encontro: “Quem é a minha Mãe e quem são os meus irmãos? […] Todo aquele que fizer a vontade de meu Pai que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe.” (Mt 12, 48.50)
Mas Maria é Mãe de Jesus, não unicamente no corpo, mas também no coração, pois ainda antes de Ele ser concebido no corpo, Maria concebera-O, por obediência e amor, no coração.
E é nesta dura prova que se vê o amor que Ela tem por Jesus. Maria é a sua primeira discípula. Mas diferente de todos os outros. No momento de maior dor, não O abandona como todos os outros. Permanece a seu lado, com a coragem de mãe, fidelidade e bondade de mãe, com a sua fé, resistindo na escuridão.
E Ela chora, como mãe que vê o seu filho a sofrer. Ela é o exemplo de Mãe!

Quae maerebat et dolebat pia Mater, dum videbat Nati poenas incliti.




Ad majorem Dei gloriam!
Ismael Sousa

quarta-feira, 30 de março de 2011

Jesus cai pela primeira vez

III Estação – Jesus cai pela primeira vez

Adoramus te, Christe, et benedicimus tibi.
Quia per sanctam crucem tuam redimisti mundum.

Isaías 53, 4-6
«Eram os nossos males que Ele suportava, e as nossas dores que tinha sobre Si. Mas nós víamos n’Ele um homem castigado, ferido por Deus e sujeito à humilhação. Ele foi trespassado por causa das nossas culpas, e esmagado devido às nossas faltas. O castigo que nos salva, caiu sobre Ele, e por causa das suas chagas é que fomos curados. Todos nós, como ovelhas, andávamos errantes, seguindo cada qual o seu caminho. E o Senhor fez cair sobre Ele as faltas de todos nós.»

Depois de Lhe vestirem de novo as suas vestes, colocaram-lhe o madeiro nos ombros e fizeram-no “desfilar” pelas ruas de Jerusalém.
Este “desfilar” é como que um desfile alegórico, em que o povo ri dos que nele vão. O Filho de Deus é agora motivo de gozo, de risos. Mas Ele suporta, nos Seus ombros, essa cruz. Suporta o peso dos nossos pecados, o peso da soberba.
E Aquele Homem, extenuado pela flagelação, pelo peso da cruz e tudo o que ela traz consigo, cai no chão.
Este Homem, que é Deus, assumiu em Si a condição de servo, fazendo-Se semelhante aos homens, para fazer desaparecer o orgulho destes que são o motivo da Sua vinda.
Mas o homem caiu e continua a cair, colocando a ridículo o Criador.
Esta queda representa, em si, todo o itinerário de Cristo: a sua voluntária humilhação.
O Homem-Deus, humilha-se, mas o homem-terreno não suporta a humilhação. Somos orgulhosos, soberbos. E esta soberba está tão presente nos dias actuais. Desejamos emancipar-nos de Deus, acreditando que não temos necessidade do eterno amor, organizando a nossa vida sozinhos. E somos tão orgulhosos que somos incapazes de ver que caímos e que nos estamos a autodestruir.
E quando vemos alguém cair, rimos, desprezamos e não somos capazes de dar a mão para ajudar esse alguém.
Mas é na queda que Jesus supera a nossa soberba, ajudando-nos a levantar. Pudéssemos ver que caímos, que não somos auto-suficientes e a aprender a encontrar a nossa verdadeira grandeza, voltando-nos para Deus e vendo que, em cada pessoa caída, aí está Jesus.

O quam tristis et afflicta fuit illa benedicta Mater Unigeniti!




Ad majorem Dei gloriam!
Ismael Sousa

terça-feira, 29 de março de 2011

Jesus é carregado com a cruz

II Estação – Jesus é carregado com a cruz

Adoramus te, Christe, et benedicimus tibi.
Quia per sanctam crucem tuam redimisti mundum.

São Mateus 27, 27-31
«Então, os soldados do governador levaram Jesus consigo para o Pretório e reuniram junto d’Ele toda a companhia. Depois de O terem despido, envolveram-n’O em um manto encarnado. Teceram uma coroa de espinhos, que Lhe puseram na cabeça, e, na mão direita, colocaram-lhe uma cana. Ajoelharam-se diante d’Ele e escarneceram-n’O dizendo: “Salve, ó rei dos Judeus!” Depois, cuspiram n’Ele e pegaram na cana e puseram-se a bater-Lhe com ela na cabeça. No fim de O terem escarnecido, despiram-Lhe o manto, vestiram-Lhe as suas roupas e levaram-n’O para O crucificarem.»

Jesus é levado para ser flagelado. Atado a uma coluna como um criminoso qualquer, Jesus sofre como um homem normal. Mas Ele não é normal, Ele é Filho de Deus. Mas o Seu amor pelos homens faz com que sofra.
A causa da sua condenação é de ser um pretenso rei. É escarnecido, gozado.
Mas no meio deste “rebaixar” do Homem, Jesus mostra a verdadeira verdade: Ele é Rei!
Muitas vezes, neste mundo actual, as insígnias do poder são usadas de forma pomposa, mas são um crime contra a verdade, a justiça e a dignidade do homem.
Também neste mundo, envolvemos as pessoas, não com um manto encarnado, mas com um manto que dê para gozarmos com o outro, rirmos às suas custas, inferioriza-lo.
Aquele que foi escarnecido, em nome de todo o homem maltratado, foi também coroado com a dolorosa coroa de espinhos, que o torna verdadeiro rei. A cana, representante do ceptro, representa, na mão de Jesus, a justiça. Este rei que não reina por meio da violência, reina pelo sofrimento, pelo sofrimento de todos nós.
Depois de escarnecido, com o corpo em chagas, carrega ainda a cruz aos ombros. Mas esta cruz, para além do peso da madeira, tem também o peso de sermos homens, o peso do mundo.
É nesta Sua humilhação que Ele nos mostra o verdadeiro caminho para a vida verdadeira.

Cuius animam gementem, contristatam et dolentem pertransivit gladius.



Ad majorem Dei gloriam! 
Ismael Sousa

segunda-feira, 28 de março de 2011

Jesus é condenado à morte

Hoje proponho, a vós, caríssimos leitores, uma caminhada.
Estamos em plena Quaresma, tempo em que se costuma celebrar a Via Sacra.
A Via Sacra é uma oração que tem como objectivo meditar na paixão, morte e ressurreição de Cristo.
É o reviver dos últimos momentos da sua vida na Terra.
São 14 estações, que nos ajudam a percorrer um caminho espiritual e a compreender melhor a pessoa de Jesus e o amor que teve por nós ao ponto de se deixar matar, sofrendo muito, para que todos nós aprendêssemos o que é verdadeiramente amar.
Por isso, proponho que ao longo destes catorze dias, meditemos em cada uma das estações.
Começamos hoje com a primeira estação da Via Sacra.



I Estação – Jesus é condenado à morte

Adoramus te, Christe, et benedicimus tibi.
Quia per sanctam crucem tuam redimisti mundum.

São Mateus 27, 22-23.26
«Retorquiu-lhes Pilatos: “E que hei-de fazer de Jesus que é chamado Messias?” Replicaram todos: “Seja crucificado!” Pilatos insistiu: “Então, que mal fez Ele?” Mas eles gritavam mais ainda: “Seja crucificado!” (…) Solou-lhes então Barrabás. E a Jesus, depois de O ter mandado açoitar, entregou-O para ser crucificado.»

Depois do beijo frio da traição, Jesus é levado para ser condenado. Aquele que veio como Juiz do mundo é agora levado para ser condenado por um juiz terreno. E perante este juiz, Ele encontra-se ali, aniquilado, insultado e inerte. Mas este Pilatos não pode ser considerado um “monstro” pois ele sabe da inocência do Condenado que foi levado à sua presença. Mas muitas vezes, como a nós, acontece a divisão do coração: fazer o que está certo ou o que somos obrigados.
Depois de tentar a libertação de Jesus, Pilatos é forçado a fazer o que o povo lhe pede: solta Barrabás e manda açoitar Jesus entregando-O para a crucificação.
Também os homens que gritam pela condenação de Jesus não são “culpados”. Eles fazem-no porque os outros também o fazem, sofrem a influência dos outros. Não são assim nenhuma manifestação da malvadez, mas sim dos seus fracos corações. A consciência é posta de lado, a sua pequena voz não se ouve. A indecisão destes homens, que poderia ser o libertar de uma pessoa que não fez mal a ninguém ao serem “condenados” por toda a população, dá força ao mal, sem que eles se apercebam.
Também nós, hoje, somos levados pelo sucesso e pela reputação “condenando” pessoas inocentes, que nada de mal fizeram.
Nessa mesma noite, que poderia ser, no nosso imaginário, fria e escura, Jesus é traído por aquele a quem Ele tinha confiado a sua Igreja. Pedro nega-O três vezes.
Nessa mesma noite, o medo falou mais alto que a verdade. A corrupção foi maior: Judas trai Jesus por dinheiro; Pedro nega Jesus por medo.
Também hoje somos levados à corrupção, à traição, por medo ou por dinheiro.
Afinal, o que aconteceu acerca de dois mil anos atrás, vive-se hoje também.

Stabat Mater dolorosa iuxta crucem lacrimosa, dum pendebat Filius.



Ad majorem Dei gloriam!
Ismael Sousa

domingo, 27 de março de 2011

Tempos actuais...

Começou já um tempo de grande importância para a Igreja. E Igreja significa todos nós. Sabeis que Igreja, com letra maiúscula significa todos os fiéis e não apenas o espaço em si.
Este tempo de grande importância é a Quaresma.
Para as grandes festas da Igreja, há sempre um tempo de preparação: Advento para o Natal e Quaresma para a Páscoa.
Este tempo quaresmal começou com a quarta-feira de Cinzas. Essa quarta-feira foi dia de jejum e de abstinência. Jejum significa não comer nada. Abstinência é abdicarmos das coisas supérfluas e exageros que comemos. Ora, a Igreja dispensa o jejum para as pessoas com doenças, recomendando a abstinência para essa pessoas. Para as pessoas que não sofrem de problemas a Igreja recomenda o jejum. Durante toda a Quaresma só existem dois dias de jejum: quarta-feira de Cinzas e sexta-feira Santa. De resto, durante todas as sextas-feiras deste tempo o homem deve fazer abstinência.
Nas casas que ainda mantêm a tradição, a abstinência passa pela substituição da carne pelo peixe. Isto acontece porque, antigamente, a carne era mais cara que o peixe. Isto hoje não acontece, pois há carne bem mais barata que certos peixes. Contudo, em vez de se comer um polvo, um bacalhau ou uma truta, devemos optar por uma posta de peixe mais barata.
Mas a tradição perdeu-se e agora não se dá importância a isso. Mas é um erro. Um grave erro. Vós não ligais, pois na escola comeis carne nessas sextas-feiras: fiambre, chouriço, etc.
Como referia, na quarta-feira de Cinzas a missa é só depois do pôr-do-sol. Nessa missa é-nos relembrada a nossa condição de homens terrenos. Com a imposição das cinzas, somos relembrados de que somos pecadores.
Durante os domingos seguintes, são lidos os grandes e últimos feitos de Jesus.
Eis que então, no Domingo de Ramos, se dá a chegada triunfante de Jesus em Jerusalém.
Esta semana que se segue ao Domingo de Ramos é chamada a Semana Santa. A sua importância é tanta que o Papa Bento XVI lançou um livro, o segundo de uma colecção, sobre a Semana Santa.
A Semana Santa é o ponto culminante de todo o ano litúrgico. Nela celebramos os acontecimentos mais importantes do Mistério pascal: paixão, morte e ressurreição de Jesus.
Inicia-se com a recordação da entrada triunfante do Senhor em Jerusalém (Domingo de Ramos), continua com a bênção dos Santos Óleos e a evocação da instituição do Sacramento do amor (quinta-feira Santa) seguindo-se a celebração do mistério da Cruz (sexta-feira Santa) culminando com a celebração sacramental do baptismo e da eucaristia que são o centro da Vigília Pascal e a meta de toda a Quaresma
O primeiro dia, Quinta-feira, começa com a Missa Crismal, pela manhã, que é onde são benzidos os Santos Óleos, que servirão para os baptismos, crismas, unção dos doentes. Depois os párocos levam os Santos Óleos para as suas paróquias em sinal de unidade com a Diocese.
É também nesta missa que os padres renovam a promessa de serem fiéis seguidores de Jesus, reafirmando o seu desejo de fidelidade ao Espírito Santo, que receberam com a imposição das mãos.
Desde os primeiros séculos cristãos, a Igreja celebra o mistério da salvação, nas suas três fases (Paixão, Morte e Ressurreição), no decorrer de três dias, que constituem o ponto culminante do ano litúrgico.
O Tríduo Pascal começa com a Missa Vespertina de Quinta-Feira Santa que tem o seu ponto mais alto na Vigília Pascal e termina com as Vésperas do Domingo da Ressurreição.
A missa Vespertina é intitulada de Missa Da Ceia Do Senhor. Foi na Quinta-Feira que Jesus instituiu a Eucaristia que hoje celebramos. Foi nessa mesma noite que recebeu o frio beijo da traição e foi levado a julgamento nessa mesma noite (ver Mt 26, 26-29 – Instituição da Eucaristia; Mt 26, 47-50 – Traição/prisão de Jesus; Mt26, 57-68 – Jesus no Sinédrio)
Na Sexta-Feira Santa celebra-se a Paixão e a morte do Senhor. Nesta celebração o Santíssimo é retirado do local habitual, os altares são desnudados, e as flores todas retiradas. A Igreja passa agora a ser uma casa comum.
No Sábado Santo, a Igreja permanece junto do sepulcro do Senhor, meditando na sua Paixão e Morte. Abstém-se do sacrifício da Missa, a mesa sagrada continua despida até à altura em que, depois da Vigília, se celebra a missa da Ressurreição.
O Domingo é um dia de enorme alegria pois Jesus Ressuscitou e habita entre nós. Em algumas terras mantém-se o costume da visita Pascal, em que o padre ou alguém delegado por ele leva a noticia da ressurreição do Senhor.




Ad majorem Dei gloriam!
Ismael Sousa

sexta-feira, 25 de março de 2011

Akathistos - Anunciação do Anjo a Nossa Senhora

O mais sublime dos anjos
foi enviado dos céus
para dizer «Ave» à Mãe de Deus.
Vendo-te, Senhor, feito homem
à sua angélica saudação,
deteve-se extasiado diante da Virgem,
aclamando-a assim:

Ave, por ti resplandece a alegria!
Ave, por ti a maldição toda cessa!
Ave, reergues o Adão decaído!
Ave, tu estancas as lágrimas de Eva!
Ave, mistério que excede o intelecto humano!
Ave, insondável abismo aos olhares dos anjos!
Ave, porque és o trono do Rei soberano!
Ave, porque tu governas quem tudo governa!
Ave, ó estrela que o sol anuncia!
Ave, em teu seio é que Deus se fez carne!
Ave, por quem a criação se renova!
Ave, o Criador fez-se em ti criancinha!
Ave, Virgem e Esposa!

Sabendo Maria de ser a Deus consagrada,
assim a Gabriel dizia:
«A tua mensagem é misteriosa aos meus ouvidos 
e incompreensível ressoa à minha alma.
De uma Virgem um parto tu anuncias», exclamando: 
Aleluia!

Desejava a Virgem entender o mistério,
e ao divino mensageiro pergunta:
«Poderá uma virgem dar à luz um menino?
– Diz-me!». Com reverência, 
o Anjo respondia, cantando assim:

Ave, mistério, vontade inefável! 
Ave, ó fé maturada em silêncio!
Ave, prelúdio dos faustos de Cristo! 
Ave, sumário do santo Evangelho! 
Ave, ó escada sublime por quem Deus nos veio! 
Ave, ó ponte que os homens ao céu encaminha! 
Ave, dos Anjos tu és maravilha gloriosa!
Ave, do inferno derrota total contundente!
Ave, que a Luz por mistério geraste!
Ave, que o «modo» a ninguém ensinaste!
Ave, transcendes a ciência dos sábios!
Ave, iluminas a todos os crentes!
Ave, Virgem e esposa!

A virtude do Altíssimo
a cobriu com sua sombra
e tornou Mãe a Virgem sem núpcias:
o seio por Deus fecundado
tornou-se campo abundante
para todos aqueles que buscam a salvação
e assim aclamam: 
Aleluia!




Ad majorem Dei gloriam!
Ismael Sousa

terça-feira, 22 de março de 2011

In my deeper dream!

Hoje este post pode parecer um pouco estranho para quem lê os meus post's.
Mas na verdade não podia deixar passar isso em branco.
Ontem foi dia da Poesia e eu recordei algumas poesias que eu tinha escrito. Não digo que eram grandes poesias, mas eram poesia. Nela me refugiei muitas vezes, abrindo o meu coração e a minha alma. Era uma poesia livre, sem regras, rimas ou outras coisas.
Era a minha poesia.
Mas, como dizia, ao recordar as poesias que eu escrevi, revi também alguns sites onde publiquei os meus poemas. A minha escola tinha até uma página dedicada à poesia e à prosa: Cantinho da Poesia.
Lá publiquei um poema que mais tarde arranjei coragem e enviei, com mais dois, para a revista Fórum Estudante.
O meu poema foi publicado.
Mas eis que, ontem, no Cantinho da Poesia, vi que o meu poema tinha 35222 visitas...
Sinto que, ao menos uma vez, algo que escrevi teve sentido...



Ad majorem Dei gloriam!
Ismael Sousa

segunda-feira, 21 de março de 2011

Dia Mundial da Poesia

Hoje celebra-se o Dia Mundial da Poesia.
Mas afinal o que é a poesia? São, simplesmente, meras palavras bem conjugadas, bonitas, para se declararem à (ao) namorad@? Pois, eu penso que não.
Poesia não é uma forma de estar na vida, mas uma manifestação da forma em que a vida está.
Naquele bem conhecido poema nosso de Florbela Espanca, o poeta é retratado mas também é retratada a poesia.
A poesia é então algo «maior que os homens», é criticar de uma forma suave («morder como quem beija»), que nos leva a «ser mendigo e [a] dar como quem seja/Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!»  É a concretização de muitos desejos que ardem ardentemente dentro do peito: é um astro com asas de condor. É expressão da alma que ama e concentra em si tudo aquilo que esta alma sente.
Poderia continuar a definir a poesia, mas sabeis bem que iria ter muito para dizer.
Assim, deixo-vos o poema de Sophia de Mello Breyner Andresen que é, para mim, das maiores poetisas portuguesas.


Poema

«A minha vida é o mar o Abril a rua
O meu interior é uma atenção voltada para fora
O meu viver escuta
A frase que de coisa em coisa silabada
Grava no espaço e no tempo a sua escrita

Não trago Deus em mim mas no mundo o procuro
Sabendo que o real o mostrará

Não tenho explicações
Olho e confronto
E por método é nu meu pensamento

A terra o sol o vento o mar
São a minha biografia e são meu rosto

Por isso não me peçam cartão de identidade
Pois nenhum outro senão o mundo tenho
Não me peçam opiniões nem entrevistas
Não me perguntem datas nem moradas
De tudo quanto vejo me acrescento

E a hora da minha morte aflora lentamente
Cada dia preparada»


Deixo-vos também a sugestão de verem uns dos meus poemas favoritos, da minha autoria! (aqui)

Ad majorem Dei gloriam!
Ismael Sousa

domingo, 20 de março de 2011

Apresentação!

Há quem apresente livros, apresente filmes e cd's.
Hoje apresento-vos um complemento deste blogue, mas mais virado para outra área: a Astronomia.
Palavras para que?
Passem e visitem...E ainda aprendem...

http://caminhantedosastros.blogspot.com/


Não se esqueçam de ir visitando também os blogues que aqui costumo falar...


Ad majorem Dei gloriam!
Ismael Sousa

Super Lua!

Bem, como todos sabem, a maior Lua dos últimos vinte anos foi vista ontem, dia dezanove de Março.
E eu, como apaixonado por ela, não pude deixar de a ver.
Deixo-vos a foto tirada às 19:35.


P.S. - Um agradecimento especial a quem me emprestou os materiais necessários para a minha observação lunar!

Ad majorem Dei gloriam!
Ismael Sousa

Ó Grande Santo!

Dezanove de Março do ano da graça de dois mil e onze.
Hoje, celebra, a Igreja Universal, a festa de São José.
São José era um homem comum, como todos os homens da sua terra. Era carpinteiro de profissão, tinha a sua casa e também a idade um pouco avançada.
Desposou uma mulher que, antes de viverem em conjunto, lhe anunciou que estava grávida por acção do Espírito de Deus. Mas José, homem justo como era, e sem compreender muito bem o que a sua futura esposa lhe dizia, aceitou-a na mesma, renunciando ao apedrejamento.
Quando o Menino estava para nascer, José foi com a sua esposa recensear-se e, em Belém, procurou alojamento para sua mulher e seu Filho. Muitos foram os seus esforços, mas o único local livre que encontrou foi um estábulo. Como deve ter ficado o seu coração por ver que a sua mulher iria dar à luz num estábulo…
Depois, avisado em sonhos, parte para o Egipto, evitando que o Menino morra pelas mãos do rei Herodes.
Deixou tudo o que tinha: a sua terra, os seus amigos e familiares, a sua carpintaria, para fazer o que Deus pedia à sua esposa e a si.
Foi pai do Salvador, educou-o, ensinou-o naquilo que sabia, pois dizem-nos as escrituras que Jesus era carpinteiro como seu pai.
Depois não se sabe bem o que aconteceu a este homem, mas deixa-se de falar nele durante a infância de Jesus. Provavelmente terá morrido por essa altura.
É ele o orago dos pais, pois ele foi pai d’Aquele que veio ao mundo para nos salvar.
O Seminário Menor de Viseu celebrou hoje a festa do seu padroeiro. Durante sete anos esta foi a minha grande festa.
Findo, desejando um bom dia de São José e um feliz dia do Pai, particularmente ao meu que eu tanto amo!







Ad majorem Dei gloriam!
Ismael Sousa

quarta-feira, 16 de março de 2011

"Grito no vazio..."

O sol passou o horizonte e eu estou sentado na areia da praia.
A meu lado jaz o caderno de rascunho que me acompanhou durante muito tempo. Finalmente está acabado. O livro está pronto.
Escrevi durante meses, e este é o quarto caderno escrito.
Comecei a escrever. No início escrevia com muita facilidade. Mas, para concluir foi extremamente difícil, ppois não sabia o que escrever.
Amanhã irá para a redacção e dentro de um mês estarei numa sala, cheia de gente hipócrita, que nunca lerão estas palavras, mas que sorrirão como se estivessem ansiosos para o ler.
Já não é a primeira vez que passo por isso. Posso até dizer que isto é um ciclo vicioso. O primeiro é lido por algumas pessoas. O segundo lido por menos que o primeiro. O terceiro permanecerá na estante, sem nunca ser aberta.
Pois, isso acontece por alguma razão. Não por fruto do acaso. Mas tenho respostas para isso.
Em primeiro lugar, pode dar-se o caso de a escrita não ser boa, de o autor não saber escrever, na verdade. Outra razão pode ser pela capa do livro que não é chamativa, e levar a que ninguém o compre. Em terceiro lugar o nosso nome próprio, a nossa foto, o nosso estado perante a sociedade. É verdade, hoje em dia só se safa quem tiver um nome conhecido, que toda a gente decora, associa. Temos que ter um nome chamativo.
Pensei, no lançamento do meu primeiro livro, em adoptar um pseudónimo. Mas penso que tenho de assumir o que escrevo e, dessa forma, lancei com o meu nome. Poderia ter sido de outra maneira, mas não foi.
Depois, o nosso estado perante a sociedade. Ser-se conhecido por meio mundo traz grandes vantagens. Pode conseguir-se um bom número de admiradores, ter até um grupo de admiradores; vender cerca de mil exemplares num único mês.
Mas, para mim, é-me indiferente.
Escrevo por paixão, por amor. Não escrevo para ouvir boas ou más palavras dos críticos. Escrevo, não para ser um autor de best sellers, mas sim para dar a conhecer ao mundo o que penso.
Não sinto inveja, mas sou humano e isso toca-me um pouco.

A noite já se instalou e Sirius já brilha lá no alto. Deito-me para admirar o firmamento.
Há uns anos não sabia o nome de uma única estrela. Minto, conhecia a Polar, nada mais. Mas comecei a interessar-me pelo firmamento.
Orionte está pronto para matar o Touro, enquanto o Cão Maior admira a cena, esperando pelo seu dono. Bem, as coisas não são bem assim, mas foi como as fixei.
O frio chegou, chegando a hora de voltar a casa, para descansar. Pego no caderno e volto para a minha casa, envolvida na bruma da noite fria. Fecho a porta atrás das costas, subo ao andar superior e deito-me.
Este será o meu último livro. Não porque não tenha vontade de voltar a escrever, mas sim porque o tempo escasseia, e dentro em breve terminará para mim.
Talvez depois tenham valor…




Ad majorem Dei gloriam!
Ismael Sousa

terça-feira, 15 de março de 2011

Pegadas na Areia

Existem coisas que nos marcam, e as quais nós nunca esquecemos.
Lembro-me, de no meu primeiro retiro, ter lido um texto sobre as pegadas na areia. Durante alguns meses procurei aquele texto outra vez, mas as minhas buscas fracassaram. Talvez não tenha pesquisado bem. Mas a verdade é que num momento de maior angustia, esse texto veio-me parar novamente às mãos.
Desde esse dia, guardei-o religiosamente, como diz o povo, e nunca mais o deixei.
A folha está velha, mas o texto actualizadíssimo.
Enquanto revia o meu blog, reparei que ainda não tinha partilhado com os leitores este texto.
Por isso hoje o meu post é sobre a maravilhosa história das “Pegadas na Areia”.

“Uma noite eu tive um sonho...Sonhei que andava a passear na praia com o Senhor, e, no firmamento, passavam cenas da minha vida. Após cada cena que passava, percebi que ficavam dois pares de pegadas na areia: um era o meu e o outro era do Senhor. Quando a última cena da minha vida passou diante de nós, olhei para trás, para as pegadas na areia, e notei que muitas vezes, no caminho da minha vida, havia apenas um par de pegadas na areia. Notei também que isso aconteceu nos momentos mais difíceis e angustiosos do meu viver.

Isso aborreceu-me deveras e perguntei então ao Senhor:- Senhor, Tu disseste-me que, uma vez que resolvi seguir-Te, Tu andarias sempre comigo, em todos os caminhos. Contudo, notei que durante as maiores tribulações, do meu viver, havia apenas um par de pegadas na areia. Não compreendo porque é que, nas horas em que eu mais necessitava de Ti, Tu me deixas-te sozinho.

O Senhor respondeu-me:- Meu querido filho, jamais te deixaria nas horas de prova e sofrimento. Quando viste, na areia, apenas um par de pegadas, eram as minhas. Foi exactamente aí que peguei em ti ao colo. "



Ad majorem Dei gloriam!
Ismael Sousa

segunda-feira, 14 de março de 2011

E é assim que somos vistos...

Tinha preparado um grande texto para vós hoje. Mas, penso que há coisas que têm mais significado do que as minhas palavras, caídas por vezes no esquecimento.
Então deixo-vos este filme, que para mim, mostra o que uma parte decente de portugal pensa sobre tudo o que estamos a viver.



Ad majorem Dei gloriam!
Ismael Sousa

domingo, 13 de março de 2011

A arte de Amar!

Olá caríssimos leitores!
É verdade, desde quarta-feira que não escrevo nada. Mas estive em Retiro Quaresmal. Poderia falar-vos sobre o Retiro, mas penso que só com a vivência do mesmo é que conseguimos compreender.
Hoje falo-vos sobre a vocação comum a todos: AMAR.
Segundo o dicionário de Língua Portuguesa, amar é gostar de, preferir algo, etc.
O que o dicionário nos diz não é nada, pois o que diz é muito vago. O amor e o verbo amar, são algo tão complexo, que seriam, a meu ver, necessários muitos volumes, para os poderem caracterizar nas diversas formas. Sobre isto, falou-nos, na sua primeira encíclica Bento XVI, “Deus Caritas Est”, uma boa sugestão de leitura.
Contudo, a reflexão que vos apresento hoje, não foi baseada nessa encíclica, mas numa das minhas leituras durante o Retiro: “Alguém te chama… Como Respondes?”, de Jorge Manuel Santos Gouveia.
Dizia que todos temos uma vocação comum. E é verdade: todos somos chamados a amar, mas nem sempre todos aceitamos este chamamento.
«O amor é o fim de toda a acção humana» pois, no fim da vida, seremos julgados pelo amor. Por vezes, em alguns locais/pessoas, não existe o amor. É, então, nossa função, colocarmos amor para que este surja. Praticando este amor com actos apropriados, ele crescerá e fará com que vivamos a experiência mais rica e ao mesmo tempo uma aventura sempre temida.
O maior exemplo de amor que podemos ter é, sem a menor dúvida, Jesus Cristo. E, se o nosso amor for autêntico, tornamo-nos semelhantes a Ele. Como Ele perdoou os seus inimigos, o nosso maior teste de amor é perdoar aqueles que nos ofenderam e maltrataram.
Neste chamamento a amar, somos convidados a amar os mais pobres, os mais tristes, os que têm doenças contagiosas, os mais maltratados… Em poucas palavras, «o nosso amor deve estender-se a todos os sectores, sobretudo aos mais desfavorecidos».
Coloca-se, no entanto aqui outra questão: a sexualidade. Esta, quando vivida com verdadeiro e autêntico amor, é maravilhosa. Fora disso, torna-se uma depravação, um desrespeito para com a vida humana. É falsificar o amor, quando o reduzimos à sexualidade.
Quando este amor é vivido de forma similar à de Jesus, o homem realiza-se. Do amor tudo vem, e sem ele nada existe. Podemos, assim, comparar o amor a um mosaico, com «infinitas cores, formas e expressões».
Se fizermos uma breve análise à nossa vida, vemos que temos em nós a necessidade de amar, e que o amor está inscrito no nosso coração. Mas, apesar de estar nos nossos genes, «amar é uma arte e requer uma aprendizagem».
Não vos indico aqui como o deveis fazer, mas sim, começo a pintar uma tela na vida daqueles que apreenderem estas definições, para depois serem vocês próprios a acabarem a tela e a dar beleza ao quadro.
Amar é, em algumas palavras, abrir as portas do coração ao mundo para ser uma ajuda aos outros; é um esquecimento de mim próprio numa dádiva sem medida, numa entrega, oferecendo o que de melhor há em mim. «É compartilhar alegrias e tristezas, […] preferir o outro, sobretudo o que não me diz obrigado, aquele a quem ensino alguma coisa e não me agradece ou recompensa».
Esta nossa vocação comum é a maior aventura e, esta arte, deve ser cultivada diariamente. Não podemos pensar que, chegando a um ponto, adquirimos a arte do amor. Há sempre coisas novas a aprender e a descobrir sobre ele. Só o podemos descobrir, vivendo-o. Ele transmite-se pela vivência.
Findo, deixando-vos o desafio de aceitarem esta vocação, aceitando-a totalmente, e, se já a aceitaram, vivam-na intensamente. De certo que não se irão arrepender!



Ad majorem Dei gloriam!
Ismael Sousa

quarta-feira, 9 de março de 2011

Quaresma

Depois de um dia de festa e muita diversão, chega agora um tempo de penitência, jejum e oração.
Hoje é dia de cinzas, Quarta-feira de Cinzas. É este dia que marca o início da Quaresma, que «é para a Igreja um tempo litúrgico muito precioso e importante» que nos prepara para o «encontro definitivo com o seu Esposo» através da purificação no espírito.
Hoje, com a missa de cinzas, é-nos (re)lembrada a nossa condição terrena, com a imposição das cinzas e as palavras “Memento homo, quia pulvis es et in pulverem reverteris” (Lembra-te homem que pó és e em pó te hás-de tornar).
Mas este homem, que morre para o pecado, revive para a vida nova em Cristo Ressuscitado, recebendo o Espírito que fez Cristo ressuscitar da morte.
Ao longo destes cinco domingo, culminando com o Domingo de Ramos e o Tríduo Pascal, a liturgia oferece-nos um belo percurso, se nos deixarmos conduzir por ela.
«O combate vitorioso contra as tentações» de Cristo leva-nos a tomar consciência da própria fragilidade do homem e a acolher a “Graça” que nos tira do pecado e nos leva de encontro a Cristo.
Com o Evangelho da Transfiguração do Senhor, é antecipada a ressurreição, colocando a glória de Cristo a nossos olhos, anunciando a divinização do homem. «É um convite a distanciar-se dos boatos da vida quotidiana para se imergir na presença de Deus».
Encontramos também o Evangelho da Samaritana onde o próprio Deus manifesta o seu amor pelos homens, dando-nos a água que extingue a nossa sede do bem, da beleza e da verdade.
Cristo é apresentado como luz no mundo, com o Evangelho do cego de nascença, levando-nos à ressurreição de Lázaro, que nos põe perante a verdade que Cristo é a Ressurreição, a Verdade e a Vida.
O tempo quaresmal culmina, como já referi, com a entrada gloriosa de Jesus em Jerusalém, montado num jumento, e com aclamações do povo judeu que, dias depois, O iria pregar numa cruz.
É no Domingo de Páscoa que Cristo ressuscita dos mortos e vence, desta forma, todo o pecado. É este o motivo da nossa fé.
Assim, neste tempo quaresmal, não esquecendo os velhos costumes, devemos prepararmo-nos para a vitória gloriosa de Cristo no mundo.
Que este seja um tempo de renúncia e de interiorização.
Uma boa quaresma para todos.


Baseado na Mensagem de Sua Santidade Papa Bento XVI para a Quaresma de 2011


Ad majorem Dei gloriam!
Ismael Sousa

terça-feira, 8 de março de 2011

País Rasca!

Hoje, enquanto passava os olhos pelas primeiras noticias da manhã, deparei-me com um texto que não podia deixar de partilhar.
O texto é de Paulo Monteiro, no jornal Correio do Minho:


Este nosso Mundo anda completamente às cambalhotas e um dia podemos ter surpresas e das grandes...Uma das últimas aconteceu no sábado, quando os ‘Homens da Luta’ venceram o Festival RTP da Canção, com ‘A luta é alegria’, com letra de Jel e música de Vasco Duarte. A escolha surpreendeu tudo e todos, uma vez que tinha ficado em sexto lugar na votação do júri mas que acabou por ser eleita com a votação do público. 
Dizem que tudo não passou de uma forma de protesto e eu acredito. A música não tem qualidade nenhuma. Aliás, como a maioria das canções presentes ao festival. Mesmo o próprio festival já perdeu, há muito, qualidade, e já deixou de ter o impacto de outros tempos, sendo uma aposta menor da RTP.

Mas... se a canção vencedora o foi como forma de protesto é preciso ter cuidado...
Como dizia ontem Ferreira Fernandes, no ‘DN’, “a arma do povo é o televoto. Para o maior dos portugueses, elegeu Salazar; para os maiores do cançonetismo, os Homens da Luta.”.  

O pior é se a onda de protestos deixa de ser em televoto e passa ao voto efectivo... Pode acontecer que, de um dia para o outro, tudo seja diferente, neste país, para pior, à custa do protesto... mal feito num simples voto.

É que já vi muitas ditaduras surgirem de... simples protestos!


Pois bem, é caso para pensarmos realmente no que queremos, e se não nos envergonhamos de eleger uns "palhaços" no Festival da Canção.
E depois ainda ouço gritar pelas ruas que "o povo é que paga". Que assim seja, pague pelas atitudes que teve!
O grito de revolta pode ser dado de outras maneiras, como fez um grupo chamado de "Geração à Rasca", ou como outros tantos.
Se pensam que os "Homens da Luta" vão para a frente do manifesto, bem podem esperar nos vossos sofás.

Ad majorem Dei gloriam!
Ismael Sousa

sábado, 5 de março de 2011

Inovar!

“As novas tecnologias permitem que as pessoas se encontrem para além dos confins do espaço e das próprias culturas, inaugurando deste modo todo um novo mundo de potenciais amizades.” (MENSAGEM DO PAPA BENTO XVI PARA O 45º DIA MUNDIAL DAS COMUNICAÇÕES SOCIAIS )


Por vezes parece impossível inovar, fazer com que algo chegue ao outro lado do mundo. E quando se trata de religião, tem-se sempre um pé atrás.
Mas, como sempre é possível, alguém se lembrou de inovar sem grandes gastos.
A missa vespertina da Paróquia de São Pedro do Sul era já transmitida pela Rádio Lafões em directo às 19.00.
Agora, quem quiser, pode assistir à missa a “vivo e a cores” pelo site http://eucaristia.carloscunha.net/, à mesma hora que a transmissão pela rádio.
Agora, mesmo estando no estrangeiro, podes ver a missa na tua terra natal!
A todos um abraço, esperando que gostem desta nova forma de Evangelização que a paróquia de São Pedro do Sul vos proporciona, pelo site do pároco, Carlos Cunha.



Ad majorem Dei gloriam!
Ismael Sousa

Férias... de Carnaval

Chegaram as férias, e com elas o tempo de descanso que bem andávamos a precisar.
O ano ainda há pouco tempo começou, mas já vamos no terceiro mês, e tudo parece correr a mil.
Pois é, interrompemos agora as actividades lectivas para festejarmos o Carnaval e entrarmos no tempo quaresmal.
Este tempo da quaresma começa com a quarta-feira de cinzas e vai até à semana santa.
Na quarta-feira de cinzas é dia de jejum e abstinência, é dia de começarmos a modificar os nossos comportamentos, começando pela imposição das cinzas, na missa de Cinzas, relembrando-nos que este é um tempo de arrependimento.
Mas sobre este tema falarei um pouco mais quando chegar a devida altura.
O carnaval é uma altura de brincadeiras, de traquinices e divertimento. Mas não poderemos levar à letra o velho ditado que diz: “É Carnaval ninguém leva a mal”, pois esses tempos já lá vão e as pessoas hoje em dia já não gostam de brincadeiras.
Pois bem, desejo a todos umas boas férias e muito divertimento!




Ad majorem Dei gloriam!
Ismael Sousa

quarta-feira, 2 de março de 2011

Bem-Vindo!

Olá caros leitores.
Hoje falo pela segunda vez, mas desta vez um pouco diferente.
Falo-vos pelo seguinte motivo: quero dar as boas-vindas a um amigo. Ele entrou agora para este novo mundo dos blogues, para dar a conhecer ao mundo um pouco mais de si.
Espero que passem por lá, e que o sigam também! => http://agere-nonloqui.blogspot.com


Quero também relembrar-vos de outros blogues que sigo, e não se esqueçam de passar, ok?

http://anseiosdeumalma.freeiz.com/

http://coisasmesmofantasticas.blogspot.com/

http://sorrirparaservir.blogspot.com/



Ad majorem Dei gloriam!
Ismael Sousa

terça-feira, 1 de março de 2011

Sonhos!

Estou sentado à secretária, com as folhas brancas como a cal, espalhadas por todo o lado.
Em cima da secretária jaz também o tinteiro, meio cheio ou meio vazio, com a tinta preta que não dá sinais de qualquer perturbação.
O álbum das minhas recordações está aberto, e nele repousa a velha pena, com a qual escrevi tantas vezes.
Olho para ela relembrando todas aquelas palavras que com ela escrevi.
Mas agora não tenho mais vontade de escrever, de pegar na velha pena e fazê-la roçar sobre as folhas brancas. Não tenho mais vontade de ouvir aquele som, de ver a tinta a manchar o papel.
Já esqueci o tilintar da pena no tinteiro, e tudo agora me parece vago, sem memória.
Desisti dos meus sonhos, de tudo aquilo que me concretizava.
Fui levado para vícios que me prenderam e me fizeram desistir de tudo.
Na calada da noite, a minha consciência falava-me. Impedia-me de dormir.
Andei errante, sem destino. Todos aqueles que amava afastaram-se de mim, e eu não fui capaz de me aproximar deles novamente.
Mas numa noite, o meu coração dividido em dois falou-se. Na frieza da noite segredou-me ao ouvido, abrindo-me os olhos. Ah, como eu andava errante. Dentro de mim nasceu uma grande vontade, uma vontade de falar a alguém. O meu coração dividido em dois, metamorfoseou-se em amigos, que eu tinha esquecido.
Aí eu abri o meu pensamento, derramei lágrimas, fiquei zangado comigo mesmo, pensando que isto não ia ter um fim.
Agora olho o meu escritório. A porta está aberta e lá longe consigo ver o meu piano onde passei inúmeras horas. Em cima dele o velho violino que tem passado de geração em geração e que tanto amor lhe tenho.
O pó amontoou-se em cima deles.
Quero de novo em mim a vontade de escrever…
Pego na pena, molho-a no tinteiro, recordando o seu tilintar… A pena mancha o papel com algumas palavras…
Folhas e folhas ficam borradas de palavras.
Na minha alma, há novamente o anseio de escrever!


Ad majorem Dei gloriam!
Ismael Sousa