sábado, 9 de abril de 2011

Jesus é descido da Cruz

XIII Estação – Jesus é descido da cruz e entregue a sua Mãe

Adoramus te, Christe, et benedicimus tibi.
Quia per sanctam crucem tuam redimisti mundum.

São Mateus 27, 54-55
«O centurião e os que estavam com ele de guarda a Jesus, ao verem o tremor de terra e o que estava a suceder, ficaram aterrados e disseram: “Ele era, na verdade, Filho de Deus”. Estavam ali, a observar de longe, muitas mulheres, que tinham seguido Jesus desde a Galileia, para O servirem.»

Depois de ter suspirado, a terra estremece. Jesus, o Filho de Deus está morto. Com o medo, os soldados quebram as pernas aos dois homens que forram crucificados com Ele. Mas ao Filho de Deus não lhe é quebrado nenhum osso porque Ele é o verdadeiro cordeiro pascal.
Para confirmar a sua morte, o centurião trespassa o Seu coração com a lança. Do seu lado jorram sangue e água: misteriosa imagem do rio dos sacramentos, do Baptismo e da Eucaristia, dos quais, em virtude do coração trespassado do Senhor, renasce incessantemente a Igreja.
Mas, apesar de toda a confusão dos corações, do ódio e da cobardia, Ele que tudo suportou, não ficou sozinho. Junto da Sua cruz, estavam Maria, sua Mãe, a irmã de sua Mãe, Maria, Maria de Magdala e o discípulo amado. Chega José de Arimateia, que ao oferecer o seu túmulo intacto, passa pelo buraco de uma agulha. Chega também um membro do Sinédrio, Nicodemos, a quem Jesus anunciara o mistério do renascimento pela água e pelo Espírito. Os fiéis afinal existem.
O cemitério onde fica sepultado Jesus transforma-se em jardim, no jardim donde fora expulso Adão quando se separara da plenitude da vida, do seu Criador. O túmulo no jardim faz-nos saber que o domínio da morte está para terminar.
Mas até no Sinédrio há alguém que acredita, que conhece e reconhece Jesus após a Sua morte.
Sobre a hora do grande luto, do desespero e da grande escuridão, aparece misteriosamente a luz da esperança. O Deus escondido permanece o Deus vivo e próximo. O Senhor morto permanece o Senhor e o nosso Salvador, mesmo na noite da morte.
E eis que a Igreja de Jesus Cristo começa a formar-se.
E Maria, que esteve sempre ao lado de Jesus, seu Filho, Recebe-O agora em seus braços.

Vidit suum dulcem Natum morientem, desolatum, cum emisit spiritum.




Ad majorem Dei gloriam!
Ismael Sousa

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