sexta-feira, 8 de abril de 2011

Jesus morre na Cruz

XII Estação – Jesus morre na cruz

Adoramus te, Christe, et benedicimus tibi.
Quia per sanctam crucem tuam redimisti mundum.

São Mateus 27, 45-50.54
«A partir do meio-dia, houve trevas em toda a região, até às três horas da tarde. E, pelas três horas da tarde, Jesus bradou com voz forte: “Eli, Eli, lemá sabachthani”, que quer dizer, “Meu Deus, Meus Deus, porque Me abandonaste?” Alguns dos presentes ouviram e disseram: “Está a chamar por Elias”. E logo um deles correu a pegar numa esponja, ensopou-a em vinagre, pô-la numa cana e deu-Lhe a beber. Mas os outros disseram: “Deixa lá! Vejamos se Elias vem salvá-Lo”. E Jesus, dando novamente um forte brado, expirou.
Entretanto, o centurião e os que estavam com ele de guarda a Jesus, ao verem o tremor de terra e o que estava a suceder, ficaram aterrados e disseram: “Ele era, na verdade, Filho de Deus”.»

As trevas cobrem toda aquela região. Numa cruz está suspenso um Homem. Por cima da Sua cabeça, um letreiro diz quem é Aquele Homem: é o Rei dos Judeus, o Filho prometido de David. É Jesus.
O juiz injusto, Pilatos, tornou-se profeta sem querer. Perante a opinião pública mundial é proclamada a realeza de Jesus. Este, durante a Sua vida, rejeitava o título de Messias, pois não queria que este título levasse a uma ideia errada. Mas agora o título está à vista de todos. E esta é a Sua plena manifestação como Messias. Na sua descida, Ele subiu, sendo verdadeiramente elevado.
Durante a sua vida pregou o amor. Um amor que parecia impossível. Mas com a Sua morte, Ele cumpre verdadeira e radicalmente o mandamento do amor, cumprindo-o com a oferta de Si próprio. E nesta entrega é manifestado Deus: Deus caritas est (Deus é amor).
Na cruz, Jesus, segundo os evangelistas, recorre às palavras iniciais do salmo 22: o sentimento de abandono de Deus (“Eli, Eli, lemá sabachthani”), assumindo, assim, em Si mesmo, todo o Israel, toda a humanidade, fazendo com que Deus Se manifeste onde parece estar definitivamente derrotado e ausente.
A cruz do Homem é um acontecimento cósmico. No momento da morte do Filho de Deus, o mundo fica coberto de escuridão. A terra treme.
Mas a morte de Jesus não é um acto de Vitória para todos, mas motivo de conversão. O centurião romano reconhece, compreende que Jesus é o Filho de Deus.
Da cruz, Ele triunfa sem cessar.

Fac me vere tecum flere, Crucifixo condolere, donec ego vixero.




Ad majorem Dei gloriam!
 Ismael Sousa

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