sexta-feira, 1 de abril de 2011

Jesus é ajudado a levar a cruz pelo Cireneu

V Estação – Jesus é ajudado a levar a cruz pelo Cireneu

Adoramus te, Christe, et benedicimus tibi.
Quia per sanctam crucem tuam redimisti mundum.

São Mateus 27, 32; 16,24
«Ao saírem, encontraram um homem de Cirene, chamado Simão, e requisitaram-no, para levar a cuz de Jesus. Jesus disse aos seus discípulos: “Se alguém quiser seguir-Me, renegue-se a si mesmo, pegue na sua cruz e siga-Me”.»

Regressando do seu trabalho, a caminho de casa, Simão de Cirene cruza-se com aquele triste cortejo de condenados. Talvez aquilo seja um espectáculo habitual. Tentando passar ao cabo desta situação, os soldados, usando o seu direito de coacção, colocam a cruz às suas costas, às costas deste robusto homem do campo.
Para ele, deverá ter sido um aborrecimento envolver-se, inesperadamente, no destino daqueles condenados. Ele que nada fizera para ter que suportar a cruz d’Aquele homem, que ele talvez nem conhecesse. Mas fá-lo como dever, mas, talvez com alguma relutância.
Mas deste encontro inesperado, involuntário, brotou a sua fé, pois iria fazer parte do grupo de cristãos (Mc 15, 21).
Mas esta partilha do peso da cruz era para Simão uma graça, caminhar a Seu lado, assisti-l’O. O silêncio de Jesus é tocante, impedindo o que o Cireneu fique indiferente. E é este convite que Jesus nos faz diariamente: o compartilhar a sua cruz no cumprimento do que falta aos seus sofrimentos.
E, na verdade, Simão de Cirene renegou-se, pegou na cruz de Jesus e caminhou a Seu lado: o cumprimento do chamamento de Jesus.
E por cada vez que partimos, bondosamente, ao encontro dos que sofrem, estamos a ser como o Cireneu: a levar a cr4uz de Jesus.
Neste caminho, que pode ser doloroso, obtemos a salvação e contribuímos para a salvação do mundo.

Quis est homo qui non fleret, Matrem Christi si videret in tanto supplicio?




Ad majorem Dei gloriam!
Ismael Sousa

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