segunda-feira, 4 de abril de 2011

Jesus encontra as mulheres de Jerusalém

VIII Estação – Jesus encontra as mulheres de Jerusalém que choram por Ele

Adoramus te, Christe, et benedicimus tibi.
Quia per sanctam crucem tuam redimisti mundum.

São Lucas 23, 28-31
«Jesus voltou-Se para elas e disse-lhes: “Mulheres de Jerusalém, não choreis por Mim; chorai antes por vós mesmas e pelos vossos filhos. Pois dias virão em que se dirá: ‘Felizes as estéreis, as entranhas que não tiveram filhos e os peitos que não amamentaram’. Nessa altura, começarão a dizer aos montes: ‘Caí sobre nós’, e às colinas: ‘Encobri-nos’. Porque se fazem assim no madeiro verde, que será do madeiro seco?”»

Uma vez mais, na sua caminhada, Jesus tem um encontro com as mulheres. Primeiro encontra Sua Mãe. Depois encontra Verónica. Agora terá o Seu último encontro com as mulheres.
Um aglomerado de mulheres chora por Ele. Choram por amor. Choram por um Homem que diz coisas bonitas, por um Homem que não cometeu pecado algum.
Mas Jesus, no esforço máximo da sua força, ainda lhes dirige algumas palavras. Jesus consola-as, mas adverte-as. Jesus faz uma advertência contra a piedade puramente sentimental, que não se torna conversão e fé vivida, como Ele desejava.
A vontade de Jesus era criar uma mudança nas vidas das pessoas, mesmo antes de chegar à cruz. Queria uma mudança nas suas vidas, e que não se lamentassem pelos sofrimentos deste mundo, mantendo a sua vida de forma igual.
E é com estas palavras que Ele nos adverte do perigo em que nos encontramos. Mostra-nos a seriedade do pecado e a seriedade do juízo.
E perante o mal, proferimos palavras de horror. Perante o sofrimento de inocentes, proferimos palavras de horror. Mas não mudamos em nada. Não seremos demasiado inclinados a banalizar o mistério do mal?
Quando falamos de Jesus, de Deus, falamos apenas no Seu aspecto terno e amável, enquanto suprimimos o aspecto do juízo. Temos medo de o fazer, com medo de falarmos de Deus que nos ama e, porque nos ama, nos julga pelas más acções.
É com um olhar fixo nos sofrimentos do Filho que vemos toda a seriedade do pecado. Vemos como o havemos de expiar até ao fim para poder ser superado.
É erróneo continuarmos a banalizar o mal, perante a imagem do Senhor que sofre. E Ele diz-nos para que não choremos por Ele que já está junto do Pai, mas para chorarmos antes por nós que ainda temos muito para chegarmos junto do Pai.

Tui Nati vulnerati, tam dignati pro me pati, poenas mecum divide.



Ad majorem Dei gloriam!
Ismael Sousa

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