Hoje celebra a Igreja o Baptismo do Senhor.
João Baptista, que baptizava nas margens do rio Jordão e anunciava a vinda do Salvador, clamando pela conversão dos homens, recebe a visita de Jesus que lhe pede que O baptize.
Eis que João Lhe diz: “Eu é que preciso de ser baptizado por Ti e Tu vens ter comigo?” Mas Jesus diz-lhe que se deve cumprir toda a justiça.
Então João pegou em água e baptizou o Senhor.
Quando o Homem-Deus saiu da água, os céus abriram-se e o Espírito de Deus desceu em forma de pomba sobre Ele. E uma voz vinda do céu disse: “Este é o meu filho muito amado, no qual pus toda a minha complacência”.
Este é o começo da vida pública de Jesus. Também Ele começou por ser baptizado com água, como acontece nos tempos presentes em que, no início da nossa vida cristã, somos baptizados com água.
De hoje a dois meses, começará a Quaresma que findará no dia 24 de Abril com a ressurreição do Senhor.
Durante este Tempo Comum, e depois também na Quaresma, até ao Tríduo Pascal, conheceremos toda a vida pública de Jesus.
Mas, neste dia de hoje, é-nos mostrada a importância do baptismo para o cristão. Se Jesus, no início da sua vida pública, foi baptizado, também todo o cristão o deve ser.
Contudo, hoje em dia, o baptizado é só um rito no meio de tantos outros. Já não se baptiza por querer que os filhos façam parte da grande família, mas sim para se ter uma festa, uma grande festa. Quantas vezes não assistimos nós a baptizados onde cerca de 50% dos convidados passa a celebração no café ou fora da Igreja?
Bem, posso estar a exagerar, posso estar a globalizar, mas isto acontece nos dias de hoje. Infelizmente é assim.
Gostaria de partilhar convosco também um texto que me pareceu grandioso.
Durante a semana que passou, enquanto preparava a catequese, surgiu-me um texto das bem-aventuranças dos tempos actuais. É um texto um pouco ou tanto esquisito, mas que nos deixa a pensar.
“Felizes os que promovem a guerra e a discórdia, porque fazem fortuna com a desgraça alheia.
Felizes os que insultam, caluniam e sobre o nome dos outros lançam lama, porque jamais serão responsabilizados.
Felizes os que são ricos, porque nada lhes falta.
Felizes os que roubam, fogem aos impostos e não declaram os seus rendimentos, porque jamais serão punidos.
Felizes os maldosos e os mentirosos, porque semeiam a confusão e escapam sempre.
Felizes os que comem e bebem em excesso, porque aproveitam a vida.
Felizes os que perseguem e maltratam, porque são donos e senhores do mundo.
Felizes os que exploram, porque alcançam os seus objectivos.
Felizes os agressivos e brigões, porque a eles ninguém incomoda.
Felizes os que possuem um título académico, porque todos os respeitam.
Felizes os que são importantes e famosos, porque todos os admiram.
Felizes os que matam, porque sabem defender-se.
Felizes os que seguem todos estes preceitos de modo exemplar, porque revelam um profundo desrespeito pela vida.”
Dá para pensar, não?
Ad majorem Dei gloriam!
Ismael Sousa
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